As interrupções abruptas não são bem-vindas, mesmo quando são necessárias. Nunca são fáceis ou ligeiras. Num momento está tudo normal e é assim que se espera que continue mas de um momento para o outro tudo pode mudar e isso nunca foi tão real como agora. Já tinha sentido esse choque quando mudei de escola e passei do colégio para a secundária. Já tinha sentido a violência de uma interrupção abrupta e permanente, quando o meu avô morreu, algures naqueles primeiros dias do mês de março e mais tarde nesse ano quando partiu também o meu outro avô. Alguns anos nem deveriam fazer parte do calendário. Todos os dias morrem pessoas, dizem… mas não a mim, a mim até então não tinha morrido ninguém de importância extrema. Com o passar do tempo habituamo-nos e conformamo-nos com esta realidade, não se pode fazer nada. Aceita-se com maior naturalidade quando temos mais idade e quando se percebe que o fim é inevitável e o fim do sofrimento também, como foi no caso das minhas avós. Não é fácil ma
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