O meu tempo não é o tempo das outras pessoas, é o meu. No meu tempo vivem outras criaturas, vidas e diálogos. Conversas infinitas que me fazem pensar em todos os pressupostos e esgrimir cenários de possibilidades. O espaço temporal em que existo é muito para além do que se vê. Nem sempre vivo onde estou, nem sempre digo o que devo e há dias que duram meses e outros que correm em poucos minutos. O meu timing não é o teu. O nosso timing parece fazer pouco de nós… Uns dias estendem-se com os períodos de tempo certos, nas horas em temos os olhos abertos e corpo na vertical, outros nem por isso. Os diálogos são quase sempre no tempo certo ou assim parece, que se prolongam por horas e partilhas de informação, muito informação difícil de processar. Os temas misturam-se entre rotinas e medos, e o desejo de crer mais do que se diz. E depois o tempo volta a pregar partidas… Esquecemos sempre os imprevistos. Os meus, os teus, os do tempo… e baralha-se tudo. O meu tempo nã
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