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Constatações

E quando nos cai a ficha depois de um problema resolvido?

Nem sei bem se foi o choque da constatação, se foi ingenuidade, se foi sempre saber mas tentar não pensar nisso… sei lá. Foi acima de tudo, ter um problema complicado e grave e resolvê-lo “as fast as possible”, sem me perder nos detalhes. Detalhes? É leviano julga-los assim, provavelmente, mas teve de ser.

Só quando nos colocam a questão: “e como lidou com isto tudo?”

Como era suposto lidar? Tinha de se resolver. Resolver, resolver, resolver… não havia mais nenhuma questão para pensar, debater ou detalhar. Só a solução e o resultado. Os factos exigiam rápida resolução. O tempo a mais teria sido penalizador?

Seguramente que sim. Não esperei tempo suficiente para saber a resposta. Fez-se o que tinha de ser feito.

Riscos existem sempre em tudo. O deixar andar, o esperar para ver por norma não beneficiam nada… e mesmo que fosse esse o caso e tivesse tido tempo para adiar o inevitável, é contra minha natureza adiar o que só a mim cabe resolver. A urgência do imediato no tempo dos dias grandes, foi a benesse. Tudo fica mais fácil no Verão, com o calor, com os dias longos e com o cuidado das pessoas que se quer bem e que nos querem bem.

Quem passa por isto renasce? É uma segunda oportunidade? É para refletir? É para mudar alguma coisa? 

Sim é a resposta a todas estas perguntas, mesmo que não queiramos e mesmo que achemos que não mudamos, mudamos!! Mudamos porque passamos a ter mais noção do nosso tempo e do nosso corpo e acima de tudo o sentido das nossas escolhas fica mais claro, a perceção mais nítida do que queremos e do que já não nos serve. 


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