“Eu não sou nenhum Picasso”. Foi uma justificação que usei várias vezes para legitimar não ter seguido para as Belas Artes. Não só porque efetivamente não sou o Picasso, em forma ou em talento, mas também porque infelizmente continuo com a convicção que Portugal é um pais que trata muito mal os seus artistas e quem vive da arte, como se fosse uma “profissão menor” ou pior penaliza quem por um amor maior se entrega à dança, pintura, teatro, música, escultura, literatura como se de um hobby se tratasse e como tal, não merecesse nem o reconhecimento do Estado ou da Sociedade para condições de trabalho dignas e consequente justa remuneração. Os artistas são umas parasitas, só um Picasso não seria. Estamos a anos-luz, de uma mentalidade artística que saiba valorizar quem se dedica à arte pela arte. Visitamos museus, exposições, concertos, vamos ao teatro… mas não consideramos todo o trabalho que é feito pelos artistas e por todos os outros artesãos. Se é para ter um diploma que se
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