Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2020

Valentina

Faz um ano que fui buscar a Valentina. A Amigato tinha-a recolhido da rua, muito pequenina e mirrada. Numa daquelas imagens que o algoritmo (que sabe tudo o que precisamos) do facebook nos mostra “aleatoriamente “pareceu-me ela. E lá fui eu, conhecer a Valentina que por aqueles dias ainda se chamava Letoya. Fui de coração partido com a perda da minha Picachu e pouco restabelecida das semanas duras que tínhamos vivido. Nem sei se foi coragem, carência ou alguma demência que me fez em tão pouco tempo procurar outra gatinha. A veterinária, também ela pouco refeita pela perda da Picachu, recomendou que esperasse um tempo. Eu e a Joaninha passamos uma semana complicada após a morte da nossa menina. A Joaninha visivelmente desorientada aguentou-se como pode apesar de ter ficado assim alguns meses. Nessa semana teve de reaprender a viver sozinha, que para ela é um tormento! Eu tive de me conformar com a ausência da gata mais querida que alguma vez tive e aprender a perdoar-me por nã

O tempo passa

Faz hoje um ano que tive de deixar partir a minha gatinha. Ninguém nos prepara para estas coisas, nem nunca iria conseguir sentir-me preparada para fazer de ânimo leve o que tive de fazer. Reconfortei-me com a nobreza do ato que todos os meus amigos me quiseram transmitir, como sendo o melhor e um ato de amor. Foi o melhor, obviamente tendo em conta o quadro clinico da gatinha. Talvez tenha sido também um ato de amor, vê-la sofrer estava a deixar-me destroçada. Ela estava esgotada, a Joaninha estava esgotada e eu acabei por desistir depois de uma semana de pouco sono e muito desgaste na tentativa de mantê-la viva. Nada nesta vida é para sempre, nem a vida das pessoas que amamos nem a vida dos animais que tanto nos dão nem a nossa própria vida. Por isso, aceitar com naturalidade todo o processo é o que nos resta saber fazer. Nunca será fácil mas é menos difícil encarando as coisas com a naturalidade que devem ter. Digo isto agora, com algum distanciamento depois de ter sofrido horro