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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2014

O arrependimento

Como se pode arrepender de uma coisa que não se fez? Se não se fez, não se sabe…digo eu. Logo, não nos podemos arrepender disso… No limite poderá ter pena de não ter feito, mas não poderá ser verdadeiramente arrependimento... Quando alguém me diz: “se não fizeres arrependes-te…”  e que garantias tenho eu disso? Posso arrepender-me de fazer e posso arrepender-me de não fazer… é 50/50… suponho. Quando se tem uma tirada destas, entendo eu, que pressupõe que o outro tenha garantias absolutas que o mais certo é avançar, sabe, está confiante que é o que é melhor para nós ou o que deseja que o façamos porque de alguma maneira o/a envolve. Mas eu tenho dúvidas, porque senão avanço é porque de alguma maneira não estou preparada, não quero, não me interessa, não me apetece fazer o jeitinho ou até faço mas um bocadinho contrariada e ai garantidamente vai ser contraproducente, porque provavelmente me vou arrepender de ter feito e acima de tudo porque o faço de muita má vontade, com

Bom caminho!

Percebes que estás no bom caminho quando não te sentes na obrigação de continuar a provar comidas que já sabes que não gostas, só para parecer bem ou fingir que gostas de beber só para seres cool. Percebes que estás no bom caminho quando um taxista encosta ao teu lado na rua para te pedir direções. Aparentemente tenho um ar de pessoa bem orientada e o taxista nem imagina que tenho um gps integrado! Percebes que estás no bom caminho quando o teu sobrinho te trata pelo teu nome próprio e a coisa soa-te bem! Aqui está um pirralho de três anos que dá todo um novo sentido ao nome: Sofia. Assim dito por ele soa bem, parece música. Gosto mais nesta versão do que o: Sofia Alexandra, seguida de um ralhete qualquer. Obviamente que é o segundo nome que estraga tudo e não o ralhete. Percebes que estás no bom caminho quando consegues encarar a balança de frente, mesmo que só tenhas um olho aberto e que estejas a rezar para que a gravidade sugue num segundos os quilos a mais que tens, a

O Silêncio

Falo mas não sei o que digo. Não sei ao certo o que estou a dizer, saem palavras e gestos desarticulados. A cabeça pensa coisas diferentes do que diz a boca, os ouvidos ouvem tudo menos o que se está a dizer e o que se pensa, e nem por sombras se consegue ouvir o que fala a outra pessoa ao nosso lado.  Os olhos olham mas não veem, focam tudo o que está à volta sem acompanharem o movimento do corpo que se move de forma automática. Os olhos não refletem o que se sente. Fiquei assim desde daquele dia em que o silêncio tomou conta de nós. Como uma luz que se apaga sem aviso. Nunca me incomodaram os silêncios, compreendo-os como ninguém, aceito-os quase sempre sem questionar. São necessários. Eu preciso deles quase tanto como preciso de ti. Acontece muitas vezes este estado de estar tudo ligado e nada coordenado entre si. Especialmente quando se é mulher. Hoje incomoda-me o silêncio do desconhecimento. O que não sei, não posso sentir mas não é verdade. Eu não te con

Se a vida te oferecer limões...faz limonada!

E eis o dia em que descobrimos aquilo que sempre soubemos! Isto parece um bocadinho um contrassenso, mas não é. Imaginemos um cientista que lá no seu intimo sabe que as células confrontadas com calor ou um qualquer medicamento reagem de determinada maneira. Ele sabe, desconfia, acha… quase quase que tem a certeza que as células naquele cenário vão ter aquela reação, ele sabe, mas tem de comprovar cientificamente para que fique registado  e desse modo validar a sua própria certeza. Se pensarmos bem, é o que acontece em quase tudo na nossa vida. Podemos ter algumas certezas quase certas, mas enquanto paira o “mas” ou uma réstia de dúvida, não vamos conseguir validar a nossa teoria. Então precisamos avançar para a experiência, para os testes, para o lançamento das hipóteses no espaço. E tal como no caso dos vírus, lá vamos nós meter-nos a jeito como voluntários, na eminência de  apanhar a doença ou na esperança de ajudar o próximo, ou de fazermos algo por nós também no entretan