“Roubaram-me o Bobby.” É esta a nota do meu avô no calendário referente ao dia 7 de Dezembro algures nos anos 80. O Bobby era um pequeno cão pêlo de arame, bom para a caça de porte médio/pequeno com pelugem creme e com uma barbicha deliciosa. Foi para o quintal do meu avô ainda pequeno e quando desapareceu era ainda jovem, não teria mais de 2 anos (se tivesse). Os netos pequenos, trasnsformaram o Bobby na mascote, mais um elemento do grupo de brincadeiras. Ele gostava…respondia ao nosso assobio de crianças (que o meu avô não queria… para que ele obedecesse apenas ao assobio do dono) mas tanto o Bobby como nós, pouco ligávamos. O cão sabia quem era o dono. Era um excelente caçador. Sim, o meu avô era caçador e isso não lhe diminuía o amor pelos animais, muito pelo contrário. O amor que tinha pelos cães então, era expressivo. É daquelas imagens que se guardam das pessoas, o meu avô e um cão, dois ou três, foram vários ao longo da vida dele, foram vários ao longo da minha vida.
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