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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2016

Devagar e depressa

Pessoas que não eram apressadas mas que ficam cheias de pressa. Pessoas que não tinham pressa mas agora só se querem despachar. A pressa é inimiga da perfeição. E quem quer saber disso? Conheces alguém perfeito? Eu não! Felizmente… Já me bastam as pessoas que acham que são perfeitas e que tiram a magia às coisas e tornam tudo sem sabor. Uma seca! O tempo é implacável e sempre achaste que podias fazer tudo com calma, ao ritmo de uma lesma ou ainda mais devagar e até podias. Até pudeste, mas agora já não podes. E não podes fazer tudo à pressa e depressa, porque também não funciona. E as coisas não funcionam com pressa só porque tens urgência, e há que saber esperar. Aguardar. E a porra da paciência, que insistem que temos de ter. E que a idade nos trás isso, se não tivermos. E o inverso também acontece? Ter paciência e perdê-la? Não tenho provas, mas desconfio que aconteça. Mesmo a pessoas como eu, com um saco enorme cheio de paciência… Tens tempo, mas não todo o

Ironias

Ouvimos tantos lugares comuns durante a nossa vida que muitas vezes, aceitamos as recomendações como conselhos do pacote de farinha. E muitas vezes dizem-nos: depois da tempestade vem a bonança ou quem procura encontra…coisas deste género, que achamos que são frases feitas. E não são, quando as vivemos. Eis que nos encontramos numa posição em que temos uma linha de comboio, que como sempre, divide dois lados. E obviamente estamos num dos lados, estar no meio da linha não é opção… e na posição em que nos encontramos, achamos que estamos no sitio certo. É ali que temos de estar, é ali que queremos estar e ficamos, e vamos ficando. Não há lados bons ou maus, existem opções e caminhos, isso sabemos intrinsecamente. Do lado oposto ao nosso, há vida como a que temos do nosso lado. Tudo aparentemente igual, de um lado e do outro. Um dia em que percorremos a linha a passeio e onde algumas vezes nos colocamos, olhamos para o lado em que insistimos estar e para o outro em frente e p

Amor Líquido e outras histórias

Ontem, um amigo relembrou-me Zygmunt Bauman, sociólogo Polaco que estuda o comportamento da sociedade actual nas mais diversas áreas. Descobri o Bauman pelo livro “Amor Líquido”, só de ler o prefácio percebi que empiricamente e sem alguma vez me ter debruçado cientificamente sobre o tema, que este senhor escrevia o que pensava, sem ter a certeza. O “Amor Liquido” fala sobre a fragilidade dos laços humanos, hoje. “Bauman analisa assim o modo como a nossa era, que ele designa por modernidade líquida, ameaça a capacidade de amar e os crescentes níveis de insegurança, tanto nas relações amorosas como nas familiares, e até no convívio social com estranhos.” O isolamento do sexo face ao amor e do amor face ao sexo, como momentos autónomos que não se cruzam ou que se podem viver isoladamente quase sem que se cruzem é outras das questões aprofundadas pelo autor. A liberdade sexual e o fim das sociedades patriarcais, a liberdade de pensamento, a revolução sexual dos anos 60 e a emancip

Desliguem o inverno

Olá 2016! É tudo uma questão de fé…e esforço também! Há dias em que a fé é residual e o esforço está em reserva de energia, equilibrados no fim da tabela. Pensando bem, é melhor assim. Esforço sem fé e fé sem esforço não combinam, um fica abandonado sem o outro. A porcaria do inverno é deprimente…mesmo nos dias mais fofinhos em que nos podemos enrolar em conjunto ou solitários com um manta na lareira mais próxima. Dias curtos, pequenos, frios, chuvosos que infelizmente não nos deixam hibernar como os ursos. Comemos como se fossemos hibernar, mas não nos deixam refugiar em nenhuma toca, nem na nossa… Filas de trânsito e acidentes a perder de vista, ranho e constipações, despertadores que não tocam, frio, vento e guarda-chuvas que não dão jeito usar nem carregar. Cérebro em modo standby… E depois dizem-nos: temos de saber aproveitar todos os momentos do ano, porque a natureza é equilibrada e sabe o que faz. É verdade, poético para quem consegue. Não eu, que não