Pessoas que não eram apressadas mas que ficam cheias de pressa.
Pessoas que não tinham pressa mas agora só se querem despachar.
A pressa é inimiga da perfeição. E quem quer saber disso?
Conheces alguém perfeito?
Eu não! Felizmente…
Já me bastam as pessoas que acham que são perfeitas e que
tiram a magia às coisas e tornam tudo sem sabor. Uma seca!
O tempo é implacável e sempre achaste que podias fazer tudo
com calma, ao ritmo de uma lesma ou ainda mais devagar e até podias. Até
pudeste, mas agora já não podes.
E não podes fazer tudo à pressa e depressa, porque também
não funciona. E as coisas não funcionam com pressa só porque tens urgência, e
há que saber esperar. Aguardar.
E a porra da paciência, que insistem que temos de ter. E que
a idade nos trás isso, se não tivermos. E o inverso também acontece? Ter
paciência e perdê-la?
Não tenho provas, mas desconfio que aconteça. Mesmo a
pessoas como eu, com um saco enorme cheio de paciência…
Tens tempo, mas não todo o tempo que tinhas. Não deixas de
ter tempo, mas o tempo passa também, e passas a ter pressa e tens de correr a trás dele e
explorá-lo ao máximo.
E há validades que terminam e prazos que expiram. Tens de
lutar com isso também. Com os prazos definidos pela natureza ou nas tampas dos iogurtes.
E eu não como coisas fora da validade. E se comer? Morro ou
acumulo bactérias?
Pensar muito não ajuda. Mas tenho tantas ideias giras e
muitas coisas para materializar.
E só descanso quando faço o que a imaginação me comanda. Até
lá, os nervos enervam-me e parece que o tempo passa mais devagar.
Tenho pressa e o tempo não.
AHHHHHHHHHHHHHHHHH, caramba!
Deve ser por isto que o coração falha. Está muita coisa a
acontecer por dentro e por fora, e dá-se o choque.
E queres muito. Queres que tudo aconteça agora ou daqui a pouco tempo. E tentas, tentas, tentas e tentas e as coisas não se desenvolvem. Mas continuas a tentar porque é da tua natureza, e tentas mesmo quando não estás a tentar, porque a imaginação é infinita. E nem pelo cansaço te vencem.
E queres muito. Queres que tudo aconteça agora ou daqui a pouco tempo. E tentas, tentas, tentas e tentas e as coisas não se desenvolvem. Mas continuas a tentar porque é da tua natureza, e tentas mesmo quando não estás a tentar, porque a imaginação é infinita. E nem pelo cansaço te vencem.
E depois abres os olhos e estás deitada na toalha com o
vento a soprar leve e o calor do sol a aquecer-te o corpo, tens de ir ao mar,
sentir as ondas, o sal, o calor e o sabor.
Não te consegues mexer, não porque não tenhas vontade, mas
porque queres que o momento dure para sempre.
E voltas a ter pressa, mesmo que não queiras.
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