Quis o destino ou as coincidências, para os mais céticos, que
os meus pais fizessem anos em dias seguidos. O meu pai a 18 de Dezembro e a
minha mãe a 19 de Dezembro, no fim do Outono em anos diferentes. O mesmo mês, a
mesma altura do ano, quase os mesmos dias, o mesmo signo. Tantas conjugações o que os torna diferentes mas ao mesmo tempo muito parecidos. São como o próprio Sagitário,
fogo do fogo em dobro, muito em tudo e muito pouco em quase nada o que faz com
que sejam ambos personalidades marcantes e pessoas inesquecíveis.
Não digo isso porque são os meus pais (mesmo que não seja
isenta), as pessoas que os conhecem podem atestar. Cada um com as suas
singularidades, com as suas características, únicos em si e por si mesmos como
equipa. Foram dois que passaram a quatro e que agora já são seis, cresceram a
multiplicaram-se.
Como estamos em época natalícia e em comemoração dos respetivos
aniversários e os parabéns e felicidades estão sempre subjacentes, quis que
hoje a minha felicitação fosse feita de outra maneira. Os pais ensinam muitas
coisas aos filhos, fazem os possíveis e os impossíveis por eles, desejam acima
de tudo que os filhos sejam pessoas que os orgulhem, a questão do orgulho aliás
é transversal como o respeito, é igual para ambas as partes. Os filhos são o
resultado do melhor dos pais, assim se deseja. Mesmo que na pratica o livre
arbitro dos filhos também determine o tipo de pessoa que é, e quanto a isso os
pais não poderão fazer nada, apenas deixá-los cumprir a sua essência.
Os meus pais sempre nos permitiram isso tudo, deram-nos
ferramentas para usarmos de acordo com a nossa personalidade. Ajudaram-nos a
ser melhor pessoas, a tornar-nos autossuficientes na gestão da inteligência, do
caracter e na sobrevivência quotidiana, sem nos esquecermos do fundamental. E
esse fundamental é o fundamental dos fundamentais: independentemente das tuas
escolhas, da pessoa que te tornares, do caminho que escolheres, a família é
sempre a família e nisso nós vamos ser sempre família.
A noção de família é o legado maior que me deixam, todos os dias.
Já não é a primeira vez que reflito sobre isto, e de tudo o que me deram e dão,
de tudo o que me passaram e ensinaram é a noção de família o meu maior tesouro.
De todas as riquezas do mundo esta é a minha, a maior de todas. E pensar que
andei grande parte da vida a acreditar que eram outras as riquezas que queria e
precisava para a minha vida, quando tudo estava ali mesmo em frente dos meus
olhos e inscrito no meu coração.
Por isso e por tudo mais, parabéns para os meus pais. Somos uma família com F maiúsculo, porque tal como os descobridores os meus pais desbravaram o caminho, plantaram as sementes, criaram raízes e construíram um império que é o nosso. O maior presente do mundo é tudo o que nós temos entre nós.
Fotos de família no Guincho: Rita Cortez Fernandes, Júlio Cortez Fernandes (pai) e Mª do Carmo Cortez Fernandes (mãe)
Por isso e por tudo mais, parabéns para os meus pais. Somos uma família com F maiúsculo, porque tal como os descobridores os meus pais desbravaram o caminho, plantaram as sementes, criaram raízes e construíram um império que é o nosso. O maior presente do mundo é tudo o que nós temos entre nós.
Obrigado e muitos parabéns a vocês.
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