Espera-se uma vida inteira pelo fim do fim.
Neste caso é um fim do fim, que não é determinante mas que
abre portas para uma nova mudança. Eu adoro mudanças, mesmo que me possam
destabilizar.
Uma destabilização para encontrar o caminho certo ou uma
desordem momentânea para encontrar a ordem certa, a minha. Demasiada ordem também
não é para mim. Este é um fim esperado à algum tempo, nunca é quando queremos…é
quando tem de ser e não vale a pena contrariar.
É o mesmo quando achamos que deixámos de gostar daquela pessoa e assumimos que outra se seguirá. E é verdade, ela virá mas não quando achamos que estamos preparados para ela porque na verdade não estamos. Só o facto de pensarmos assim, denuncia a nossa falta de preparação! Tudo irá acontecer quando não pensarmos mais no assunto, simples e naturalmente. Criamos o terrível hábito e prever as coisas e esquecemos que a espontaneidade é a melhor parte da vida!
Ao longo deste período, sei bem que nalguns casos “pagou o
justo pelo pecador” e que fechei algumas portas a pessoas e situações, simplesmente porque
não estava preparada para deixá-las entrar. Sou teimosa como uma mula e conhecendo
a minha natureza, às vezes prefiro não contrariá-la porque vai ser
contraproducente, para mim e para o outro. Tenho mudado muito ao longo do
tempo com tudo o tenho aprendido e com tudo o que tenho feito, vivido, passado…
por ai. Seria assustador se não tivesse sido assim, não foi fácil ao principio…
porque sempre fui uma pessoa de fortes convicções, convicta que isso seria o
mais certo para mim, ter tudo bem traçado à priori sem desvios. A vida teve de me
ensinar os atalhos, os desvios, as desilusões e as alegrias nos improváveis.
Agora chega um desses momentos em que acabam situações, morrem
para sempre histórias, fecham-se ciclos. Por mim não vou recuperar nada que
tenha ficado para trás, mas também não vou dizer que não posso ceder, porque
aprendi que não se deve dizer: “nunca digas nunca”, isso volta-se contra nós. Uma
coisa é certa, não voltarei a remexer no que já passou.
A sensação que tenho é que o fim está a abrir um novo inicio,
podia não ser assim, podia simplesmente assinalar a continuidade e não sinto
isso. Quase que parece épico: fim do ano, inicio de 2015, encerrar momentos e
outros contratos, alinhar a arrumar a casa. Tanta coisa, faz-me sentir um formigueiro
por dentro. Quero que tudo aconteça já, depressa e para sempre!
Gosto tanto de me sentir assim na expectativa da mudança! Não se trata de esperar mais ou melhor, é saber que existe sempre esta possibilidade. É fechar os olhos e deixa-me ir... mais uma prova superada. Que venham mais!
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