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A mostrar mensagens de dezembro, 2018

Lume Brando

Ter a capacidade de aceitar que a vida que temos é a que é melhor para nós ou a que é possível de acordo com as circunstâncias, não é tarefa fácil! Não quer isto dizer, que se deva aceitar só por aceitar, desistir ou se conformar com o que se tem, nada disso. Acredito que quanto mais esforço e dedicação pomos nas coisas, mais fácil será obter-se o que tanto se aspira. A questão é saber entender que em determinado momento, não dá para mais e permitir viver as coisas como estão, sem que isso cause ansiedade ou stress. Obviamente que invariavelmente cometemos o erro de olhar para o lado e invejar ou desejar a vida de alguém, porque parece ter uma vida mais fácil, mais perfeita ou mais de acordo com o que gostaríamos de ter. Ninguém vive plenamente satisfeito com o que tem, é um mal da natureza humana, mas também é o que nos leva a testar e a desafiar limites. As vidas alheias parecem, quando achamos que a nossa é uma porcaria, uma maravilha! E nem sempre é verdade, todas as pe

Balanço

Estamos a chegar ao fim de mais um ano e este foi supersónico! Ainda ontem era 1 de Janeiro de 2018 e eis que afinal estamos quase a 31 Dezembro de 2018, no meio acontecem como sempre, os restantes dias. Não foram poucos, mas são sempre rápidos na forma como se vivem, nem parecem ter 24h nem parecem ser 365 dias. Que quererá isto dizer? Que se vive a um ritmo alucinante? Que não se faz o que se deve? Que a vida está a passar depressa demais? Bem...talvez não seja bom ver as coisas por este prisma... De qualquer modo, quer se queira quer não, o ano está mesmo a terminar. E no espaço de um ano pode acontecer muita coisa e pode-se viver muitas coisas. Não é suposto começar e terminar o ano da mesma forma, caso contrário iria parecer que não se viveu nada.  No espaço de um ano, nascem e morrem pessoas, constroem e destroem-se casas, apaixonamo-nos e decepcionamo-nos, atravessamos o Inverno, Primavera, Verão e o Outono, reencontramos pessoas, conhecemos novas caras, novos sitios

Frio quente

Eis que estamos quase a chegar ao momento de entrada do inverno. Finalmente os dias deixam de encolher, ainda que de forma ténue, o regresso da claridade dá-me alento! “Já não falta tudo…” O inverno é denso, intenso e prolongado embora tenha o mesmo tempo que todas as outras estações. É o que agrega que o torna tão difícil, tudo morre no inverno para renascer na primavera, mas mesmo que simbólica esta “morte” é um profundo período de reflexão. Somos obrigados a parar para pensar, para nos agasalhar, para nos proteger, para refletir. A falta de luz obriga-nos a isso, a reclusão forçada é necessária para nos conseguirmos preparar para o que ai vem. A natureza sabe o que faz, nunca nada é em vão. Cada estação define os seus próprios desafios, e nós como parte integrante deste ecossistema natural, não ficamos de fora. O corpo vai-se adaptando a cada momento, na perfeição que só o relógio biológico interno sabe fazer. Não controlamos nada, fomos feitos como uma máquina perfe

As diversas formas de amar

Era uma vez. Podia muito bem começar assim esta história. Se existem histórias de amor que duram uma vida, esta é uma delas. É muito mais do que se vê e o que obviamente se aponta, sim o homem é lindo! Todos concordamos. Nestas coisas do amor, a beleza que entra na sua quota parte mas não é tudo e não é tudo mesmo! São precisas muito mais coisas para que se ame alguém ou alguma coisa. O amor não chega só pelo brilho ou pelo glamour, o amor chega quando se ama até o que é feio. Começar é fácil, o encantamento faz-nos bem deixa-nos inebriados e com vontade de querer mais. A combustão está toda ali na paixão que se descobre, que chega sem estar à espera, que nos arrebata e quase nos mata. Esta história de amor não é diferente de todas as outras, começou assim, com uma louca e imparável paixão que soube crescer e consolidar-se no amor. Com a paixão veio a escuridão e todo o lado sombrio. Amei também esse lado, pela densidade e doença que me causou. Não soube gerir es