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A mostrar mensagens de junho, 2019

Escolhas

Um exercício. Imaginem que têm três escolhas possíveis para um desfecho idêntico, uma meta. Se preferirem (para tornar o exercício mais visual) estão num cruzamento e pela frente têm três caminhos possíveis, a única coisa que sabem é que a distância em todos é igual (o caminho a percorrer até ao fim), mas não sabem como é cada percurso e quais a dificuldades que irão encontrar. Importante frisar que o irão fazer a pé, sem ajudas ou apoios de outros meios de locomoção e farão o caminho sozinhos. Como estamos no início do processo, todas as possibilidades estão em aberto e em pé de igualdade. São reais, são palpáveis e todas se podem concretizar em qualquer um dos caminhos. Nesta fase o primeiro desafio é deixar de lado qualquer juízo de valor, preconceito, ideia pré-concebida e tentar voltar à estaca zero – tábua rasa – para ficarmos o mais limpos possíveis que conseguirmos. Assim analisamos as possibilidades, como elas parecem ser, cada uma delas. No ponto de partida recebe

O mundo está confuso

O mundo está confuso no que diz respeito à forma como as pessoas se relacionam. A sensação que tenho é que a maioria das pessoas não sabe o que quer e quando acham que sabem, duvidam. Somos provavelmente a geração mais baralhada de sempre, neste campo. O que antes era claro, nos moldes da realidade vivida, parece-nos hoje estranho! E é estranho! Não estamos a viver na mesma a realidade que as gerações anteriores nem no mesmo tempo, as coisas modificaram-se. Digamos que “evoluímos” e evoluímos na forma como nos relacionamos, sofremos muitas modificações em pouco tempo como: a velocidade a que corre o tempo, o acesso à informação e tudo o que temos disponível para fazer e aprender atualmente. Contudo, apesar disso não mudou o sentido em que nos relacionamos, fazemo-lo porque faz parte da nossa natureza precisar de amor: querer ter e dá-lo. Perdemos a simplicidade de sentirmos as coisas desta forma, de deixarmos o tempo fluir e correr como deve de ser. Passámos a viver em urgênci

DELETE

Que maior contrassenso poderá haver, do que guardar os contactos dos mortos e apagar o dos vivos? Uns partiram involuntariamente, já os outros assim o escolheram, estão no seu direito, não me interpretem mal. Da mesma forma, que decido os contactos a manter, outros farão o mesmo. Somos livres para escolher quem queremos ter por perto e quem não queremos. O mundo é feito de escolhas, mais ou menos determinantes, livres e opcionais.  Quão terapêutico pode ser um delete? Muito! Todos sabemos disso. Mas só o é, se não for apenas um delete na agenda mas na alma também. Não adianta apagar um contacto, se aquela pessoa continuar a ressoar dentro de nós. Pode ser o primeiro passo para desaparecer, só não será naquele momento. Nem sempre é facil, ainda que necessário, apagar nomes e referências de pessoas que de algum modo fizeram parte da nossa história mas temos de ser práticos. Tal como se faz com a arrumação de um armário, se não se usa para quê guardar? Ok, estou-me a cont

Os inconformados

Não se pode negar que existe um fascínio que ultrapassa a compreensão nos inconformados e no inconformismo de um modo geral. O não aceitar as coisas como são, só pelo facto de serem como são. É querer mais do que aquilo que se vê e do que aquilo que está percetível a todos. O querer aqui, não é um querer de ter como quem acumula coisas de que não precisa, é um pensar estruturado e estruturante sobre questões fundamentais da vida porque não são claras ou deixam margem para muitos pontos de interrogação. É um pensar denso que procura descortinar todos os meandros das questões, que não se fica pela rama ou pelo óbvio que mergulha em profundidades que nem sempre conseguimos compreender. Os porquês que precisam de uma causa e de um efeito, tudo tem uma explicação só se precisa descobrir qual. As origens têm princípios que precisam ser compreendidos, o todo é muito mais do que um emaranhado de pontas soltas. São as pessoas que se perdem por pensamentos que podem mudar o curso da h