Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2015

Equilibrar a balança

Os sinais de fraqueza que tanto gostamos de apontar nos outros, será que os temos em conta para nós próprios? E porque hei-de “morrer” por me arrepender? Pior aquele que não reconhece que errou ou aquele que não sabe pedir desculpa, dizer obrigado ou amo-te.  Não chorar, não é um sinal de fraqueza mas de sensibilidade. Fraqueza é chamar à atenção de alguém que chora fácil só porque nos achamos mais fortes e seguros. Deixem as lágrimas correr! Faz bem, liberta tudo o que está reprimido e mais além! Eu mantenho a teoria que se não fiz em determinado momento, qualquer coisa, foi porque achei que seria o melhor para mim, reconforta-me… mesmo que descubra mais tarde que me arrependi de não tê-lo feito ou ter feito (sim o arrependimento dá para os dois lados, se bem que nos vendem a ideia que fazer é melhor que não fazer, e quanto a mim depende de cada um!). De qualquer modo tem sempre uma justificação aceitável e plausível para mim, e isso chega-me. O passado ninguém muda, por isso

Reset

Por mais boa vontade que uma pessoa tenha, chega um dia em que um basta, é tudo o que nos resta. Num ou outro momento na vida, é o ponto de viragem que se precisa: para mudar de atitude, de casa, de emprego, de amor, de estilo, de forma de pensar… qualquer que seja o âmbito, é o momento de mudar velhos hábitos e procurar novas práticas. Tudo começa suavemente, vamos guardando coisas na alma para resolver aos poucos e com tempo, e lá vão ficando uma atrás da outra a acumular. Como são levezinhas não fazem mossa, mas o novelo vai crescendo e em vez de se desenrolar, enrola, enrola, enrola… e deixa de pesar só na alma, passa a pesar na cabeça e depois no corpo todo! E com o hábito de ir guardando pequenas coisas, vão-se somando coisas grandes em cima das pequenas porque os dias não param e o tempo também não e as importâncias, são mesmo assim, surgem sem aviso. Chega o dia em que não dá mais. Não se suporta, não se aguenta… não se pode puxar uma carroça sozinha sempre. Nem co

Posso fazer-te um convite?

Respostas possíveis: Sim, não , talvez e não responde. Todas válidas e justificáveis pelos critérios que passo a explicar. Não responde Fica tão emocionado/a que morre. Fica sem saber o que responder (porque no fundo não quer). Falta de educação (comportamento recorrente nos dias de hoje). Distração, adia a resposta e depois esquece (sofro deste mal algumas vezes, é lamentável. Estou a tentar melhorar).  Não quer ser indelicado/a e mandar o outro/a bugiar e remete-se ao silêncio. Deixa o outro pendurado/a não vá um dia dar jeito para umas voltinhas. Talvez Pode ser, mas ainda não sei. Logo se vê (adiado até o dia de são nunca há tarde) Talvez que é sim, mas tímido. Talvez que é não, com delicadeza. Dá uma resposta que é inconclusiva o que nos deixa no limbo e é uma treta. Talvez sim, talvez não dependo do humor do dia. Não Não, e a resposta é clara. Não quero sair contigo. Não quero porque acho que tens segundas intenções. Não quer, sim

Kamikaze*

Esperar sempre o melhor das pessoas, será uma ideia errada? Sinto-me um bocadinho kamikaze por esperar sempre o melhor das pessoas. Diz-se que é nos momentos mais difíceis ou nos maus momentos que se percebem quem são os amigos. Não sei se será assim, os amigos estão nos bons e nos maus momentos e não se revelam apenas nos tempos difíceis, revelam-se sempre. Compreendo porque se diz isto, e é fácil perceber. Nos momentos complicados precisamos sempre de mais apoio, de um ombro amigo, de um abraço de uma atenção. É transversal para os bons momentos mas nessas alturas a euforia toma conta de nós e achamo-nos super heróis que se bastam a si próprios, até nos afetos. Nos momentos mais complicados, quando não nos suportamos a nós próprios, é verdade que o carinho dos amigos é essencial. Ninguém passa pela vida sem percalços, e nessas alturas todo o apoio é bem vindo. É muito mais fácil ter esperança e acreditar quando temos bons amigos ao nosso lado, a torcer por nós. Dão-nos a c

Preconceitos da beleza

  As questões da beleza inserem-se no perigoso âmbito das opiniões subjetivas. No entanto, algumas belezas são inquestionáveis por mais subjetivo que seja o nosso parecer, são bonitas sem margem para debate. Claro que quando falamos em beleza masculina ou feminina o tema piora substancialmente, parece que ser-se bonito ou é excessivamente pejorativo ou altamente compensatório, sem que se atinja um meio termo para uma qualidade que alguns homens e mulheres detêm. Infelizmente não é para todos, é um facto uns com mais outros com menos e outros nem tanto. Proporções aplicáveis não só à beleza mas a outros atributos da condição humana.  E nós gostamos do que é bonito! É também natural e facilmente aceitável! Fazemos quilómetros para ver um penhasco natural de beleza inegável, marcamos férias para praias paradisíacas que nos deixam sem folego de tão bonitas que são, escolhemos uma flor porque é bonita e viçosa, um carro pela beleza das linhas e por ai fora. Não optamos por cois

Desiquilíbrios necessários

Gosto quando tudo à minha volta me diz, tens de pensar com o coração. Só que não dá para pensar mais com o coração do que penso habitualmente. Estou no extremo oposto do que já fui, e até encontrar o equilíbrio entre os dois estados vou estar completamente desalinhada e não tenho previsão para quanto tempo isto irá demorar! Não sei mesmo. Oscilo entre os dois estados sem conseguir chegar ao centro. É dramático para uma pessoa equilibrada (ou que julga sê-lo) ter noção destas oscilações e mesmo deixando as coisas fluírem, é tudo em muito e isso desregula qualquer sistema. Desde que me permiti pensar com o coração que isto nunca mais foi igual. É a história de um coração que vive uma situação extrema, e nunca mais consegue voltar à sua forma, porque é impossível… quando se descobre todo um novo mundo de possibilidades. É o que se associa ao conhecimento, uma mente que se abre ao conhecimento já mais voltará à sua forma original, tem sede de mais. O conhecimento não se perde,