Gosto quando tudo à minha volta me diz, tens de pensar com o
coração.
Só que não dá para pensar mais com o coração do que penso
habitualmente. Estou no extremo oposto do que já fui, e até encontrar o equilíbrio
entre os dois estados vou estar completamente desalinhada e não tenho previsão
para quanto tempo isto irá demorar! Não sei mesmo.
Oscilo entre os dois estados sem conseguir chegar ao centro.
É dramático para uma pessoa equilibrada (ou que julga sê-lo) ter noção destas
oscilações e mesmo deixando as coisas fluírem, é tudo em muito e isso desregula
qualquer sistema. Desde que me permiti pensar com o coração que isto nunca mais
foi igual.
É a história de um coração que vive uma situação extrema, e
nunca mais consegue voltar à sua forma, porque é impossível… quando se descobre
todo um novo mundo de possibilidades. É o que se associa ao conhecimento, uma
mente que se abre ao conhecimento já mais voltará à sua forma original, tem
sede de mais. O conhecimento não se perde, o mesmo acontece com o amor é um
recurso renovável. Não importa quantas vezes nos dececionemos, não se esgota,
transforma-se sempre.
Nunca se ama da mesma maneira mesmo que seja a mesma
pessoa, o amor cresce ou desparece e tudo o que fica adapta-se sempre a nós. Não
se subtrai, acresce.
O problema do muito também complica estes desequilíbrios
todos: pensar muito e amar muito. Quase incompatíveis no mesmo corpo, mas real…
garanto-vos. Quando descobrir a fórmula secreta para pôr isto tudo em bom
funcionamento, para meu próprio bem, aviso.
Um dia…
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