Não existem situações perfeitas, são perfeitas na medida da
nossa realidade. Dizer que são perfeitas até é um exagero, afinal de contas o
que é a perfeição? Ser feliz?
E a felicidade é feita de partículas de várias coisas que
chegam de todos os lados. Um sorriso, um beijo, um toque, uma confidência, a
sorte de atender uma chamada a tempo, ter sacos para ir ao supermercado, um
abraço, um agradecimento… não precisam ser coisas extraordinárias para serem
perfeitas, acontecem no tempo e no momento exato que precisamos. Nunca antes ou
depois, são precisas no instante.
É a segurança de nos sentirmos íntegros. De sabermos o que
desejamos sem medo de mudar de rota se necessário, mas conscientes no nosso
próprio corpo, do sangue que corre nas veias, do coração que bate dentro do peito
e do calor dos que se deitam ao nosso lado. Não estamos sozinhos, somos todos
um. Entre cruzamos caminhos e histórias de vida, damos a mão e entregamo-nos.
Queremos fazer melhor do que aprendemos, sabemos que podemos fazer melhor.
Temos todo o potencial em nós. A nossa história deu-nos alicerces para
erguermos a nossa própria vontade. Cada um à sua medida. Aprendemos uns com os
outros. Mas somos livres para fazermos diferente do que aprendemos e vivemos, o
caminho é pessoal e intransmissível. O meu, o teu, o nosso…
É ser feliz só porque sim. Cheia de imperfeições e manias. É
ter paz. É sentir medo mas aprender a domesticá-lo. É compreender finalmente o
desapego de quem está completamente apegado, e senti-lo com leveza e entrega. É
crescer por dentro todos os dias. Ter espaço e dar espaço. Ouvir sem julgar.
Compreender sem condenar. Saber que existem monstros de baixo da cama mas fazer-lhes
frente todos os dias. Não aceitar menos do que se merece. Não dar menos porque
se recebe pouco, é exemplificar para quem não sabe… que o pouco não nos serve…
As perfeições e imperfeições todas que encontro no meu
caminho, são pequenas dádivas para valorizar a sorte que tenho por viver como quero.
Obrigado.
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