"Entre marido e mulher não se mete a colher."
Claro…a mulher teria sempre de acatar de decisão do marido e
por isso mesmo, lei para todos os abelhudos que se queiram infiltrar numa
relação perfeita. Nunca fez sentido, o ditado popular. Mas compreende-se que
tenha existido num contexto da história da humanidade, má para as mulheres.
Hoje, é um total absurdo.
Vê-se as noticias sobre a Bárbara Guimarães, e os argumentos
da Júlia Pinheiro…e pensa-se: porra, estamos lixadas!
O quer que se tenha passado entre este casal, provavelmente
ambas as partes têm culpa e em algum momento passaram-se dos carretos, é provável.
Que a Bárbara, foi vitima de violência do doméstica, psicológica, física, disso
não tenho dúvidas. E agora sofre bullying no trabalho. Afastada de um evento
importante em que dava a cara, o corpo, a alma e tudo. Um evento que ajudou a
construir e que profissionalmente acompanhou e do qual foi o rosto durante
vários anos, foi uma aposta do mesmo canal que agora a chuta para canto. É feio
muito feio… Preocupam-se com as audiências e com o negócio… estão a
resguardar a colaboradora. Tretas, tretas, tretas…
É tão indigno como o Estado que despeja famílias por falta
de pagamento, quando sabe que se vivem situações de desemprego prolongado e
outros dramas. No fundo, somos todos números de cartão de cidadão, NIF’s ou
números de colaborador. O Estado não dá o exemplo, as empresas sentem-se legitimadas
a fazerem igual.
Hoje com a Bárbara, amanhã com outra Bárbara qualquer, António
ou Maria… nesta roleta russa, não se sabe quem será o próximo a cair. Mas há
uma grande probabilidade que seja uma mulher como eu ou mais velha, uma mulher grávida, uma mulher vitima de
violência doméstica, uma mulher que teve de se ausentar do trabalho para tomar
conta dos filhos ou dos pais idosos… as mulheres estarão sempre na primeira
linha. Mesmo fazendo tudo o que lhes pedem e bem, só porque põem a família em
primeiro lugar.
Como a sociedade está-se a borrifar para isso, as empresas
também, o Estado idem… paga o preço quem ainda tem amor pelo próximo e pelos
seus.
O mundo está um sítio muito estranho.
Olá Sofia,
ResponderEliminarAs questões de género no Séc. XXI chegam a ser ridículas de tão deslocadas são. O triste é que o tratamento desigual é mesmo uma realidade. :( :(
Banda Sonora: Eurythmics - Sisters Are Doin' It for Themselves ( https://www.youtube.com/watch?v=drGx7JkFSp4 )
É verdade, são questões ridículas...mas continuam a fazes mossa. Infelizmente :(
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