Quiseste que se fizesse silêncio. Um silêncio forçado. Um novo interregno de dez ou mais anos. Quem está a contar?
Eu não, seguramente. Deixei de contar o tempo há muito tempo, passei apenas a deixar-me ir, como quem bóia no mar ao sabor da corrente e da ondulação. O que tiver de ser será. Sabemos disso.
Talvez o futuro seja mais generoso que o passado e possamos reajustar o que foi com o que é. Acreditar, que as suposições de hoje serão concretizações de amanhã e que nem toda distância do mundo nos irá conter.
Vou acreditar que seremos mais corajosos no futuro e que deixaremos a cobardia de antes e de agora bem longe das nossas intenções.
Vou aceitar que iremos cumprir os nossos desígnios com a grandiosidade que merecem. Vamos finalmente aceitar o inevitável de todas as improbabilidades e fintar o destino.
Hoje ainda não, manha ou depois...
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