Sobre a pílula

Sobre as questões da pílula, muito se lê, muito se diz e na verdade a utilização da mesma, é uma escolha pessoal. Neste texto não se irá criticar a utilização da pílula, será apenas uma reflexão sobre a utilização da mesma.

Muito se fala sobre a forma como a pílula revolucionou a vida sexual das mulheres, e é verdade, revolucionou mesmo. Tornou a reprodução mais controlada e as mulheres mais livres para decidirem se queriam ou não engravidar. São factos. Ajudou a regular o acne e os ciclos menstruais de algumas mulheres, a aligeirar as dores e as neuras antes deste período critico.

A imprensa, os estudos e os próprios médicos da especialidade apresentam a pílula como o medicamento milagroso que ajuda em tudo, cura tudo, melhora tudo, uma vida inteira e evita não sei quantos cancros raros e afins. Claro que o avanço da medicina permitiu o aparecimento de medicamentos que vieram trazer longevidade, prevenir e até evitar algumas doenças. Mas sejamos honestos, se temos de tomar um medicamento a vida toda, não vamos estar à espera que isso não afete o nosso sistema. É impossível, o nosso corpo é uma máquina perfeita que tem mecanismos próprios para se regenerar e tratar, obviamente que a medicação ajuda e melhora, mas em permanência tem obrigatoriamente que ter efeitos secundários a médio e longo prazo.

Tomar a pílula durante 20 anos não é natural. Necessário, vá ok, aceita-se, mas é tudo menos natural. É quase tão mau como a minha avó ter tomado medicamentos para uma doença crónica durante grande parte da vida dela, deixa sequelas nas mais variadas parte do corpo, causa desgaste.

O que nunca se fala, evita-se ou raramente se comenta, são os efeitos secundários. As clássicas dores de cabeça e náuseas, suportam-se… mas são horríveis e nada recomendáveis e que fazem os médicos? Vão prescrevendo pilulas diferentes até que este incomodo passe, em vez de perceberem a razão, o argumento: é natural, está a habituar-se. Não é natural coisa nenhuma, digo eu. Procurem a causa, a pessoa pode simplesmente dar-se mal com este método contracetivo, e ai a resposta é: imagine que isso acontecia com toda a gente? As estatísticas são tramadas, e quem fica nestes parâmetros “incomum: > 0,1% e < 1%”  nos estudos que correm mal, fica completamente fora da compreensão médica.

Outro efeito não menos relevante, a diminuição do desejo sexual… vá um mal menor perante o descanso de não engravidar. Hã??? Eu diria que é antes um imenso transtorno, que torna uma necessidade básica e natural de grande manifestação física num momento insonso e sem graça. Habituamo-nos a coisas horríveis para nos confortarmos e deixamos de ter noção do que é natural, certo ou errado. Parece inacreditável, mas são mecanismos de superação da frustração ou algo do género.

A pílula na balança do fazer bem ou mal, fica sempre do lado do bem, faz mais bem que mal, todos são unanimes. É raro acontecer, dar origem a alguma doença…raro, mas não impossível, raro mas não improvável. E não existe maneira de saber isso, a não ser pela estatística… e a percentagem é ínfima, relativa a mulheres em que a pílula tenha dado origem a problemas de saúde graves. Com o tempo tenho-me apercebido que não são assim tão poucas as mulheres que começam a sentir alguns efeitos nocivos desta medicação, contudo pouco ou nada se fala sobre o tema. Só se ouve que previne uma série de cancros típicos das mulheres e pouco se diz sobre os que pode originar. O debate no momento parece ser sobre o cancro da mama, mas dizem os especialistas que deve ser analisado caso a caso…e voltamos ao mesmo.

Um medicamento pode fazer parte da nossa rotina de vida, para o bem e para o mal, convém sabermos identificar o momento em que se deve continuar ou é que preciso terminar ou até reajustar. A pílula é uma bomba relógio e pouco ou nada se diz sobre os efeitos negativos que provoca.

Fica o alerta.



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