Pode-se sempre celebrar a vida depois da morte, porque há
pessoas que não morrem. Quando a memória da minha existência se tiver perdido
no tempo, o Jim Morrison irá continuar a viver pela música, pela poesia e pelas
imagens. Um bocadinho de mim também irá manter-se vivo na história universal do
Jim Morrison e dos Doors, não se conseguem dissociar, assim como eu não os
dissocio de mim, somos um todo.
Não sou de vícios ou de fanatismos, os exageros não me
assentam… bem alguns! De qualquer modo, não é de todo um exagero, como o amor
nunca é exagerado. Foi amor à primeira vista, o canto das sereias que me hipnotizou
até hoje. Não é um gosto consensual, mas há muito mais para além do que se ouve
e do que se vê, é preciso abrir as portas da perceção para entrar, ou como fez
o Aldous Huxley, entrar numa trip de LDS e mescalina, para ver para além do
óbvio e elevar a mente. Mas no meu caso não preciso de drogas auxiliares para
me fazer ver mais além, basta deixar os acordes do “Light My Fire” ou “When the
music’s Over” começarem a tocar para a alma saltar do corpo!
A música dos Doors é universal, quer se goste ou não. O Jim
Morrison é um marco da história do mundo, e não é apenas pela música. A
carreira musical deu-lhe projeção para estar hoje a falar dele, mas mais uma
vez para além do que mostram as imagens ou principalmente o filme do Oliver
Stone, este era um homem especial. Tinha a vantagem de ter uma beleza física
colossal, de ser um homem alto e vistoso e acima de tudo por ser um homem
extremamente inteligente. Com uma inteligência refinada, filosófica muito à frente de qualquer tempo.
A imagem de excessos, drogas, álcool, sexo e rock n' rock ajudam a cultivar o mito. São factos históricos inegáveis da loucura dos anos 60 no seu esplendor! Mas são uma ínfima parte da riqueza deste homem. Tudo nele é excessivo: a inteligência, o carisma, a atracção, a cultura, o espírito rebelde e aventureiro e o amor. Só assim se entende uma vida tão curta, um mix de ingredientes que tornam este homem uma figura incontornável da história universal.
Pela música ficou também a poesia, a sonoridade única e performances memoráveis. Os quatro Doors em conjunto preencheram as lacunas de cada um, formaram os complementos perfeitos, que se sentem nos acordes da música, singular que produziram.
Nunca conseguirei explicar correctamente como surgiu a nossa ligação mágica, é muito mais profundo do que as minhas palavras conseguem transmitir, talvez por ser uma coisa só minha, com um toque de exclusividade. Não ouvi Doors em minha casa e descobri que existiam quase acidentalmente... pode ser como se costuma dizer: "o que tiver de ser, será", neste caso tinha mesmo de ser.
O Rei Lagarto, se fosse vivo, hoje faria 70 anos.
A imagem de excessos, drogas, álcool, sexo e rock n' rock ajudam a cultivar o mito. São factos históricos inegáveis da loucura dos anos 60 no seu esplendor! Mas são uma ínfima parte da riqueza deste homem. Tudo nele é excessivo: a inteligência, o carisma, a atracção, a cultura, o espírito rebelde e aventureiro e o amor. Só assim se entende uma vida tão curta, um mix de ingredientes que tornam este homem uma figura incontornável da história universal.
Pela música ficou também a poesia, a sonoridade única e performances memoráveis. Os quatro Doors em conjunto preencheram as lacunas de cada um, formaram os complementos perfeitos, que se sentem nos acordes da música, singular que produziram.
Nunca conseguirei explicar correctamente como surgiu a nossa ligação mágica, é muito mais profundo do que as minhas palavras conseguem transmitir, talvez por ser uma coisa só minha, com um toque de exclusividade. Não ouvi Doors em minha casa e descobri que existiam quase acidentalmente... pode ser como se costuma dizer: "o que tiver de ser, será", neste caso tinha mesmo de ser.
O Rei Lagarto, se fosse vivo, hoje faria 70 anos.
Jim Morrison - 08. Dez. 1943 |
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