Falando de coisas sérias.
No principio do mês saiu a noticia sobre o testamento vital, podem ler o artigo do expresso: http://expresso.sapo.pt/quer-fazer-o-seu-testamento-vital-saiba-quais-sao-as-regras=f878653.
No principio do mês saiu a noticia sobre o testamento vital, podem ler o artigo do expresso: http://expresso.sapo.pt/quer-fazer-o-seu-testamento-vital-saiba-quais-sao-as-regras=f878653.
A minha primeira reação foi: que boa medida! Posso
optar e deixar escrito o que pretendo para mim em caso de fatalidade, dão-me
esta opção e assim poupar a família a decisões difíceis e traumatizantes.
“Quanto aos tratamentos sobre os quais se
pronunciam, os cidadãos podem recusar os seguintes: reanimação
cardiorrespiratória, meios invasivos de suporte artificial de funções vitais,
medidas de alimentação e hidratação artificiais apenas para retardar o processo
natural de morte e estudos em fase experimental.” Diz o artigo. Os médicos terão
sempre de atuar de acordo com a sua ética e ao mesmo tempo respeitar a decisão
do paciente, que fica expressa neste testamento.
Tudo muito bonito até aqui. E depois dei por
mim a pensar…eu tenho um seguro de vida, em caso de morte, a casa fica paga, os
herdeiros recebem x e por ai fora. Se eu assinar um documento destes, estou a
argumentar para a seguradora que opto por morrer se me acontecer a ou b. Eu
opto por morrer… vou acelerar esse processo e apesar de morrer de “morte
natural”, eu colaborei para isso. Será que podem argumentar que assinei a minha
própria eutanásia, e desse modo, escusam-se a pagar o quer que seja??
É pertinente este ponto de vista?
Parece-me que sim. O argumento pode muito bem
ser este…tendo em conta que se fazem seguros obrigatórios, que todos nós
sabemos que o ideal é nunca os utilizarmos (e as companhias rezam para que isso
aconteça) mas que pagamos sempre, sem nunca o utilizar verdadeiramente… o
cliente perfeito para toda e qualquer seguradora… com uma opção destas, até
devem dar pulos de alegria!
O ideal nisto é a família falar entre si e cada
um dizer o que pretende, sem que fique um papel como prova inegável que optámos
por morrer, mesmo não existindo esperança ou esperança aparente… porque o nosso
dever é lutar até ao fim… dizem e assim estamos a desistir e deixamos expresso
isso mesmo.
O único ponto que me parece viável registar,
tem a ver com a doação de órgãos. Sim, é importante deixar escrito que os
doamos! Um bocadinho de nós fica a viver através de outra pessoa e ainda lhe
salvamos a vida, perfeito!
Olá Sofia,
ResponderEliminarRealmente quando apareceu a notícia também me fiquei pelo "Q fixe!". A segunda parte que tem a ver com a parte das seguradoras etc e tal não me ocorreu na altura. É sempre chato verificarmos que o que nos dão com uma mão nos é tirado com a outra enfim, nunca saimos do mesmo...
É apenas uma reflexão sobre o tema... não quer dizer que as coisas aconteçam assim. Aliás quero acreditar que não! De qualquer modo, todo o cuidado é pouco com as seguradoras, estão sempre a tentar dar a volta ao texto. Neste caso, podiam pegar pelo meu ponto de vista e argumentar o que escrevi. Não me parece complemente descabido... há sempre um mas... nestas coisas...
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