Simplicidade

No fundo, o que esperamos da vida são um conjunto de coisas simples.

Simples ao ponto de não nos causar mossa, de não nos deixar desconfortáveis, de não nos fazer sofrer ou chorar, de não nos deixar torturados por motivos vãos…viver com a simplicidade de respirar, só isso.

Na impossibilidade de conseguirmos contornar as adversidades, porque quer queiramos quer não acontecem, podemos escolher vivê-las com peso, com dor, com sofrimento ou deixá-las fazerem o que têm a fazer, tentar não deixar que nos consumam ou que nos deixem imobilizados para viver a vida. Temos escolha, temos sempre escolha. Não viver não é opção… por isso, mesmo que os dias sejam cinzentos, duros ou dolorosos são passageiros. Mesmo que os períodos complicados sejam longos, serão sempre mais longos e penosos de acordo com a forma como os vivemos.

Quando nos deixamos absorver pelo mau e pelo negativismo, minamo-nos. Passamos a viver com o domínio total do medo, do presente e sobretudo do futuro. Temos medo que o futuro seja igualmente mau, que o futuro seja péssimo e por isso, sofremos por antecipação com factos que desconhecemos o que ainda não chegou. E hoje? E como faço hoje? É hoje o meu tempo de viver, não na próxima semana ou daqui a cinco anos… é hoje que eu sofro, é sobre o dia de hoje que tenho de encontrar energia para recuperar a vida e tudo de bom que carrego dentro de mim.

Dentro de água, somos leves, suaves e puros. Limpamos o corpo e a alma. Lavamos toda a sujidade visível e invisível. Brincamos, deixamo-nos flutuar, deixamos a água fluir entre na nossa pele e poros… deixamos que o cabelo que misture com a água, por instantes somos absorvidos pela água, somos só água.

É ali que devemos voltar sempre que as nuvens negras se abaterem sobre a nossa cabeça. Voltamos à barriga da nossa mãe e ao centro do nosso corpo...



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