É comum dizer-se “só acontece aos outros” e os outros são de um modo geral: aqueles que não conhecemos, os que estão longe ou aqueles que não nos dizem nada, no fundo simplificando são pessoas de quem não queremos saber, é igual ao litro! É da nossa natureza reagirmos assim, não quer dizer que não fiquemos chocados com doenças repentinas, acidentes ou qualquer outra fatalidade mas defendemo-nos da tristeza que não nos é próxima com desinteresse e desapego. É verdade que não podemos nem conseguimos absorver tudo o que temos à nossa volta, nem é recomendável mas a capa de insensibilidade que vestimos todos os dias sob o pretexto de nos resguardarmos é excessiva. Contra mim falo, obviamente. É socialmente aceite que seja assim e o estranho é reagirmos de outra forma. As prioridades estão todas trocadas…é o que me parece. Mas quando os outros estão felizes e transbordam de alegria, também não queremos saber deles (a coisa mantém-se igual) mas sentimos inveja. E assim já gostaríamos
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