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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2013

Os outros são os outros

É comum dizer-se “só acontece aos outros” e os outros são de um modo geral: aqueles que não conhecemos, os que estão longe ou aqueles que não nos dizem nada, no fundo simplificando são pessoas de quem não queremos saber, é igual ao litro! É da nossa natureza reagirmos assim, não quer dizer que não fiquemos chocados com doenças repentinas, acidentes ou qualquer outra fatalidade mas defendemo-nos da tristeza que não nos é próxima com desinteresse e desapego. É verdade que não podemos nem conseguimos absorver tudo o que temos à nossa volta, nem é recomendável mas a capa de insensibilidade que vestimos todos os dias sob o pretexto de nos resguardarmos é excessiva. Contra mim falo, obviamente. É socialmente aceite que seja assim e o estranho é reagirmos de outra forma. As prioridades estão todas trocadas…é o que me parece. Mas quando os outros estão felizes e transbordam de alegria, também não queremos saber deles (a coisa mantém-se igual) mas sentimos inveja. E assim já gostaríamos

Muitas dúvidas em forma de pergunta...

Um dos meus caderninhos de desenhos, textos, notas... tem algumas páginas com várias dúvidas em forma de pergunta que fui apontando ao longo do tempo. Não têm encadeamento, são perguntas soltas que foram surgindo nas mais diversas situações. Quando cometemos o mesmo erro, vezes sem conta, estamos a dizer que não aprendemos nada? Ou simplesmente a expressar uma fraqueza? Porque é que o Inverno torna tudo tão feio e desinteressante? Porque se diz a uma criança que está gordinha, que assim é que é bonito? Será que há homens genuinamente sinceros? Porque razão se diz que os gatos são traiçoeiros? A amizade entre um homem e uma mulher, pode ser apenas isso? Ou tem descambar para algo mais? Quando dizemos que uma pessoa é interessante e outra é bonita, estamos a dizer que interessante não é bonita e que a bonita não é interessante? É mais difícil dizer uma verdade ou guardá-la? Porque é que estamos sempre com medo de errar? Para onde vai a alma quando morremos? Porque temos me

A verdade da mentira

Quando se vive uma mentira, essa é a nossa verdade? Dito assim parece uma coisa complicada, e talvez até seja… mas a vida é um desafio permanente, um puzzle gigante que temos de ir construindo mesmo quando as peças não encaixam. Se pertencemos a uma história e queremos que tenha um final feliz, como todas as histórias bonitas, essa é a nossa realidade. Aquilo que estamos a viver é o presente, o momento, o instante, o agora... por isso é a nossa verdade do momento. De certeza que a filosofia já se debateu com esta questão e tem um estudo aprofundado sobre o tema ou não!? É provável. Ninguém em pleno uso das suas faculdades, quer viver uma mentira, dizer ou fazer mentiras, julgo eu. A verdade é sempre a opção certa quando na extremidade oposta temos uma mentira. Mesmo que seja uma mentira piedosa ou de simpatia?  Por vezes temos de escolher entre o fazer o bem, o que é certo ou magoar alguém e o problema é que pode ser com uma verdade assim como pode ser com uma mentira. Fica dif

Em Arrumações!!

Quando muda a estação, chegam as grandes arrumações do ano!  Empacota-se o Verão e solta-se o Inverno e vice-versa...todos os anos a mesma tradição, faz-se a triagem do que fica e do que vai, do que faz falta, do que se deita fora e do que se dá... é uma limpeza na alma também! Este ano para além da habitual arrumação, deu-me para deitar fora papelada que acumulo... e os srs do IRS que me desculpem...mas deitei fora também papeladas daquelas que eles gostam...nem quis saber! Olhem está tudo no eco ponto azul...podem ir lá lamber papel!  No meio disto tudo, encontram-se coisas hilariantes, o top são as cartas! As cartas que trocava com amigas, amigos, com a minha prima, amores, pen friends... tão engraçadas! Há de tudo...postais de aniversário e de natal, recortes, guardanapos, papel vegetal, papel preto escrito com caneta prateada, enfim uma imensa variedade. Encontrei bilhetes de avião, mapas de cidades, entradas em museus até uma entrada no S. Jorge numa sessão de cinema à tar

A importância de um nome

Todos nós temos um nome, o nome dá-nos um significado ou somos nós que damos significado ao nosso nome!? Bem, eu acho que são as duas coisas juntas.  Quando nascemos, os nossos pais escolhem um nome porque gostam, porque é o nome do pai ou da mãe, do avó ou da avó, dum amigo ou alguém que marcou, um personagem de um livro ou filme...é uma escolha pensada, porque essa pessoa com o nome escolhido por eles irá acompanhá-los por toda a vida.  Pessoalmente acho que não devemos dar o nome do nosso pai, avô, avó, bisavó aos nosso filhos (volto a frisar é a minha opinião), porque somos únicos! O António filho do António, neto e bisneto do António é obviamente uma pessoa única pelas suas características, mas teve o azar de ter o peso do nome de família associado ao seu próprio nome e mesmo que isso não interfira directamente com a sua vida, dá-lhe a responsabilidade do legado do nome, não que não se tenhamos sempre essa responsabilidade pelo sangue...mas pelo nome vêem as invitáveis compar

Cuidados Intensivos

Às vezes gostava de ser diferente! As pessoas que não se preocupam com os outros, têm sem dúvida uma vida mais fácil, mais descontraída e mais descomplicada. São uns privilegiados! No fundo, vivem a sua própria vida como querem (e estão no seu direito), sem se preocuparem com nada que possa atormentar a sua paz de espírito. São também aquelas pessoas com quem ninguém pode contar, mas sempre disponíveis para convívios e festas, desde que organizadas por terceiros... nada que dê muito trabalho, é claro! Amigos do seu amigo, desde que estes não exijam muito, não fiquem doentes ou arranjem problemas.  Eu não consigo ser assim, não consigo desligar-me das pessoas de quem gosto e que são importantes. Por isso, é certo e sabido que podem contar comigo... e isso às vezes interfere também no funcionamento da minha vida do dia-a-dia, mas com alguma ginástica e boa vontade lá vou conseguindo fazer tudo. Mas eu sou assim, não sei ser de outra forma. Às vezes gostava de ser menos assim...

Dia Mundial do Animal

Hoje é o dia Mundial do Animal :) Portanto hoje, tinha mesmo de homenagear os amigos de 4 patas que partilharam e partilham a vida comigo. Por ordem de entrada em cena: Juju (a cadelinha preta), o Bóris (o gato siamês), a Berta (a gata siamesa misturada com persa), o Paco (o cão rafeiro com mistura de perdigueiro), a Joaninha (gata raça europeia) e a Bianca (gata mistura de todo o tipo de gatos que viveram no quintal da minha tia). A Juju, o Bóris, a Berta e o Paco já estão no canil e gatil eterno (como diz o meu pai). A Juju marcou a infância e foi a primeira a viver lá em casa. O Bóris foi presente de aniversário, um gato que passeávamos pela rua com trela como se fosse um cão, chegou na altura em que o meu avô ficou doente, a vida ficou mais fácil e mais alegre com aquela fofura de gato. Mas um dia atirou-se da varanda do quarto andar e não se pode fazer nada por ele. No meio da tristeza, a minha mãe trouxe a Berta para casa: pequenina, branquinha e muito fofinha. Viveu 16 an