Avançar para o conteúdo principal

Dia Mundial do Animal

Hoje é o dia Mundial do Animal :)


Portanto hoje, tinha mesmo de homenagear os amigos de 4 patas que partilharam e partilham a vida comigo. Por ordem de entrada em cena: Juju (a cadelinha preta), o Bóris (o gato siamês), a Berta (a gata siamesa misturada com persa), o Paco (o cão rafeiro com mistura de perdigueiro), a Joaninha (gata raça europeia) e a Bianca (gata mistura de todo o tipo de gatos que viveram no quintal da minha tia).

A Juju, o Bóris, a Berta e o Paco já estão no canil e gatil eterno (como diz o meu pai). A Juju marcou a infância e foi a primeira a viver lá em casa. O Bóris foi presente de aniversário, um gato que passeávamos pela rua com trela como se fosse um cão, chegou na altura em que o meu avô ficou doente, a vida ficou mais fácil e mais alegre com aquela fofura de gato. Mas um dia atirou-se da varanda do quarto andar e não se pode fazer nada por ele. No meio da tristeza, a minha mãe trouxe a Berta para casa: pequenina, branquinha e muito fofinha. Viveu 16 anos, uma gata de personalidade forte e vincada...um "ganicão" que respondia pelo nome e que se comportava como uma fera no veterinário, uma companheira de vida, a nossa história começou quando estava no 9º ano...
Um dia, para desgraça da Berta, apareceu o Paco...bebé de barriguinha de leite, três meses de fofura canina. A chegada do Paco foi um marco na vida da minha família, todos nós nos apaixonamos por ele, era praticamente impossível não adorá-lo! E ele retribuía da mesma forma, apesar de se dar mal com a Berta, também eles foram companheiros inseparáveis. Foram 14 anos de histórias, aventuras, carinho e muito amor. Não há dia em que não pense no Paco e não sinta uma imensa saudade.
A Joaninha adoptou-me, estava abandonada na rua e durante vários dias fui-lhe dando comida, até que um dia veio atrás de mim, sem eu ver, e entrou dentro do meu carro! Foi óbvio para mim que teria de ficar com ela. Aliás, nessa altura já estava a viver na minha casa, e sentia muita falta de uma companhia assim...salvou-me e eu salvei-a. É um doce de gata, muito querida, um bocadinho ciumenta e possessiva mas uma excelente companheira e ouvinte. A Bianca veio fazer-lhe companhia, sempre que chegava a casa a Joaninha parecia-me muito ansiosa quase à beira de um ataque de nervos, precisava de companhia com urgência. A Bianca tresloucada mas muito doce, conquistou o coração da Joaninha e o meu, é uma fofura de gata. Não se nega a nenhum carinho, aceita tudo e quer sempre mais. 
Ter estes companheiros por perto, é uma dádiva. Já não me imagino sem eles, o que eles dão não se explica, sente-se. É um amor incondicional enorme. 
No passado mês de Setembro, estive quase quase a adoptar mais uma gatinha...linda!!! Um amigo disse-me “não tens mais nada para fazer?!”…e eu pensei: Ora bolas…eu não vejo ter um animal deste modo. Eu tenho e faço muitas coisas, entre elas cuidar das minhas gatas, tomar conta delas…aliás para ser sincera, acho que são mais elas que tomam conta de mim. Assim sendo, que trabalho dá o amor? Muito, mas faz-se com gosto…como tudo o que nos dá prazer.
Esta é minha postura face a estes companheiros, cães e gatos, somos uns para os outros.
Para eles vai o meu eterno agradecimento: obrigado meus amores.
Falta a foto da Juju e do Bóris, mas não serão esquecidos :)



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Não devemos voltar a onde já fomos felizes

Hoje acordei com esta expressão na minha cabeça: “não devemos voltar a onde já fomos felizes”. Sempre que penso nisto, e cada vez mais me convenço, que está completamente errada. Na prática, acho que a expressão tem a ver com pessoas e não com lugares. Não voltarmos a onde já fomos felizes, ou seja, não voltar para determinada pessoa. O local acaba por vir por acréscimo, já que as memórias não ficam dissociadas de situações, locais ou pessoas. Mas é sempre por aquela pessoa específica, que não devemos voltar atrás e não pelos  momentos felizes que se viveram naquela praia ou no sopé daquela montanha. É o requentado que não funciona… ou não costuma funcionar. Acredito que para algumas pessoas dê resultado, mas de uma forma geral, estar sempre a tentar recompor uma situação que não tem concerto, não tem mesmo solução! Mesmo quando existe muito boa vontade e uma boa dose de amor. Voltando aos locais, que é isso que me importa. A história reescreve-se as vezes que forem pre

Nirvana no dramático de Cascais

Apropriado para esta semana, em que fui ver o documentário sobre a vida do Kurt Cobain.  Fiquei a entender porque se apresentou em Cascais completamento apático. O concerto aconteceu a 6 de Fevereiro 1994 e o Kurt cometeu suicídio a 5 de Abril do mesmo ano. Não devia estar no auge do contentamento... No palco esteve apenas para fazer o que lhe competia com nenhuma interacção com o público. Apenas cantou e tocou, sem dirigir uma única palavra ao público presente. Na altura achei aquilo demais, e fez-me gostar menos de todo o concerto. Só que eram os Nirvana e a eles tudo se perdoa. Recordo do meu pai me dizer: "olha aquele tipo que foste ver no outro dia, morreu. Estava a dar nas noticias." Acho que nem fiquei surpreendida, talvez suspeitasse que seria o desfecho lógico.  Sempre achei que o Kurt Cobain era um homem denso, profundo e melancólico e comprovou-se com o documentário.  Não iria dar para viver mais do que foi. A vida não foi fácil para o Kurt, um tipo se

Guns N Roses - Alvalade 2 Julho 1992

O concerto que não aconteceu porque eu não fui. É de todos os que não fui, aquele que mais me marcou, por uma série de acontecimentos. Queria mesmo ter ido! Foi o apogeu do Axl Rose, como se comprovou mais tarde… nunca mais voltou a ser o mesmo, aliás os Guns tornaram-se uma bandalheira que ficou presa naquele tempo. Não conseguiram cimentar o percurso musical para além daquele período histórico. Adiante… 1992 foi o ano do cão para toda a nossa família, começou com o desfecho tenebroso em 1991 com os AVC’s do meu avô e com o morte dele em Março. Depois disso piorou com a crise de apêndice da minha irmã, que era supostamente uma coisa simples para uma operação de meia hora e demorou 3h! Ainda por cima a minha irmã estava a começar a época de exames de acesso à universidade, o último ano da PGA. Digamos que 1992, foi o ano dos anos… O concerto só seria em Julho, a minha irmã já estaria boa e íamos com a minha prima e outra amiga. Como filha mais nova, não poderia ir sozi