Outro dia no caminho para casa, enquanto
conduzia, comecei a pensar neste tema, que os relacionamentos podem ser
analisados à luz da ciência. Ou melhor, da minha ciência misturada com o pouco
que sei da ciência a sério. Supondo que podemos nos equiparar a um “rato” de laboratório
neste teste. Passo a explicar.
Quando se procura a cura para uma doença,
vírus, bactéria e afins, os cientistas identificam o que desencadeia essa
doença ou problema no corpo humano, isolando a maleita. Só assim conseguem
perceber qual o mal que corrói o corpo. Esse é o primeiro passo: reconhecer o
mal. Depois começa a parte mais difícil, é procurar evitar que a doença se
alastre e simultaneamente procurar uma cura.
A cura é um processo demorado que se vai
testando com recurso a várias misturas de medicamentos ou tratamentos. Cada
corpo é um corpo e portanto, aquilo que me cura pode não ser suficiente para
curar outra pessoa. Impõe estudo e dedicação. Pressupõe-se que irão testar
formas de travar a doença, fazê-la entrar em remissão e a cereja no topo do bolo:
curá-la por completo.
Assim, como é que isto pode funcionar em
relação aos relacionamentos?
Imaginemos que uma pessoa funciona como a
“doença” (salvo seja), nenhum tratamento até ao momento funcionou, vários
testes, uns com mais sucesso que outros que pareciam quase a cura eminente, mas
não! Isto diz-nos que o trabalho de laboratório foi um fracasso completo! Ou
numa perspectiva de esperança, é preciso continuar a testar e a fazer
experiências para se chegar à cura. Na prática, tem havido um erro de casting
no isolamento das células que poderão curar o/a paciente. E como em todos os
estudos, é preciso: testar, testar, testar…até ao dia se chegue ao milagre da
cura ou perto disso.
Faz sentido, fazermos isto para tudo na
vida. Ou senão fazemos, devíamos passar a fazer. Devemos procurar o que nos
preenche e o que nos faz bem, com os relacionamentos é precisamente o mesmo, só
não é tão racional assim porque no amor, já se sabe, nada é racional e depois
de umas quantas desilusões ainda fica pior.
Os cientistas não desistem na procura da
cura. Insistem sem desistir em vários caminhos para a concretização de um sonho
e de um bem maior, são os verdadeiros heróis dos nossos tempos.
A cura para qualquer maleita é amor. A ciência não é excepção, a dedicação traduz isso mesmo, um amor pela causa. Na vida das pessoas reais, o amor deve ser partilhado com uma pessoa (ou apenas com pessoas) que o saibam receber e estimar, nada que não tenha equilíbrio e
retribuição faz sentido, isso também aprendi. Não se pode dar, dar, dar, dar e achar normal não receber nada em troca, e o carinho e o amor não são coisas de doses pequenas, ou é tudo ou não é nada. Por isso, é preciso continuar à
procura do amor bom, aquele que mistura as melhores células para a total
recuperação da “doença". Pelo menos é esse que eu quero para mim.
As leis do universo dizem-nos sempre isso, mesmo quando não
queremos ver…
Este é o meu ar, a meditar sobre o assunto...ehehehe
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