O amor devia acabar quando lhe impõem um fim

Seria tão mais simples se fosse assim, acabou para mim e acabou para ti! Ponto final, mudança de linha.

 Os livros acabam na última página, os filmes quando passa o genérico e a vida quando chega a morte. O amor devia morrer quando morre de um lado, do mesmo modo que as flores murcham sem sol, se não flui mais numa das correntes sanguíneas porque há-de ficar a envenenar a que fica privada do amor? Se não se vai gerar mais nada dali porque não sai com antibiótico como as bactérias que se alojam no corpo?

Pode ser um erro ou imperfeição do nosso próprio sistema ou julgar que nunca vamos recuperar o que perdemos. Bem vistas as coisas, pode ser apenas uma estupidez sem nexo, mas dizem-nos que no amor, tudo vale e tudo é válido… mas assim sem reciprocidade e no total e complemento esquecimento de quem se ama, será que vale mesmo tudo?

Quantas vezes numa vida se pode ir ao tapete e voltar a cima?

É uma morte cerebral do coração? Ou um coração em morte cerebral? Sim, não me venham com histórias porque o cérebro comanda tudo, o coração bomba o cérebro mas estão os dois interligados e quando o amor chega os circuitos dos dois baralham-se e o coração toma conta das operações.

Isto é uma espécie de maldição sem ter feito mal a ninguém. Esperar que o amor volte, quando já se foi há muito tempo, só pode ser loucura ou para não parecer tão mau, uma pitadinha de insanidade. Nem dá para confiar na intuição de tão minada que está em fé e esperança, os ingredientes são certos infelizmente aplicados na situação errada.

Quando alguém trabalhar a sério no melhoramento da espécie humana, não se esqueçam de limar estas arestas, em especial nas mulheres. Pode ser que se arranje uma solução numa qualquer drogaria, vende-se tudo lá, pode ser que vendam fins para amores terminados. Pode ser que alguma barraquinha esotérica tenha uns pós que quebrem o feitiço.

O tempo cura tudo, diz-se. Quanto mais tempo é preciso esperar? Fingir que não se gosta, também não resulta, tentar esquecer também não. As pessoas atípicas têm muitos problemas por resolver, um dia escrevo um livro sobre isso.

Que azar o meu não ser superficial.


Isto se calhar é um bocadinho demais... perdido por perdido, fica a música que é bonita.

(como sempre muitas perguntas, algumas dúvidas e poucas respostas)

Comentários

  1. Olá Sofia,

    Gostei do teu post, o coração humano é realmente difícil de domar.

    Adorei as tuas analogias de como deveria ser o fim do amor e o fim de todas as outras coisas, q terminam e pronto terminaram, lá seguimos nós felizes (ou não) com a experiência que vivemos e ponto final. :)

    Até ao próximo,
    Bruno

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  2. Olá Bruno! Obrigado pelo teu comentário :)
    Seria tão mais simples se as coisas terminassem e pronto,não seria? No fundo o que importa é o que tu levas de cada experiência, o bom ou mau ou o bom e o mau... ficam sempre coisas de ambas as partes. Depois é seguir em frente, rumo à felicidade... seja ela qual for.

    Obrigado por reles os meus textos.
    Beijinhos

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