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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2015

Deixa-te ir

Essa é a tua maneira de não te deixares ir. És brusco, selvagem, autoritário e impetuoso mas é só para fugires do inevitável. Assim ficas ai do teu lado da margem, seguro, confiante que o amor não consegue nadar até esse lado. Que quando a onda vier vais estar em terra firme e por isso imune a qualquer afeto que não planeaste. És tão engraçado… Mas essa é a tua maneira de não te deixares ir. Gosto da forma como te escondes atrás do fazer bem aos outros. A felicidade dos outros é a tua felicidade: “quero que sejas feliz para me fazeres feliz, sou altruísta!”, dizes. Não é assim que funciona, amor… Só podes fazer os outros felizes se também fores feliz. Eu sei que és feliz assim, incompleto e imperfeito. Eu gosto disso tudo em ti.  Podes ser tudo, e eu sei que és e que o fazes porque acreditas com toda a tua verdade que é assim que deves ser. Um perfeccionista imperfeito. O amor chega sempre sem planeamento, chega quando as imunidades estão todas em baixo, quando as

As importâncias

Enerva-me a minha própria fraqueza! O querer estar contigo e não conseguir dizê-lo, como se alguma coisa me impedisse e o único impedimento sou eu. A vida anda para a frente e nunca para trás mas eu sinto que dou três passos à frente e cinco para trás, sem nunca conseguir apanhar o ritmo certo para estar onde devo. E depois chegaste tu, para me trocares as voltas quando já estava tudo encaixado e arrumado! É sempre assim, quando "terminamos" uma missão, chega logo outra para nos empurrar para o desconhecido. Pior, é sempre quando achamos que precisamos descansar e meditar sobre outras questões, engavetando o amor no fundo de um armário que fechamos a sete chaves. E depois chegas tu, pé ante pé, sorrateiro a espreitar por trás da porta, discreto, quase imperceptível... Mas ali, a levantar suspeitas, com alguns porquês e comos, sem resposta. Eu vi-te chegar, mas fingi não ver, nem me quis interessar. Omiti-te isso, assim como outras coisas... Por desconfiança e alg

Condimentos

Se pensarmos bem, ninguém gosta de comida insonsa sem sabor, sem cor, sem gosto, sem sal ou sem doce… assim deslavada. Eu gosto dos sabores fortes e intensos, apesar de não ser fã de picante. Gosto dos sabores com especiarias, das cores e texturas, gosto de comer como se nota. Gosto, dá-me prazer os paladares diferentes, mais intensos, a diversidade, a companhia e todo o convívio de comer com os amigos ou em família. Gosto inclusivamente de cozinhar apesar de fazê-lo pouco e sem grande exploração dos meus potenciais dotes. Acho fascinante a mistura de ingredientes e saber-se pela mão a proporção correta. Já sei que vou ter uns amigos a perguntar-me: gostas de condimentos? Eu bem vejo como deixas a salsa e os coentros que te põem na comida. Sim, eu decoro os rebordos dos pratos com a salsa e coentros, não que não goste do sabor deles…mas normalmente são muitos os que põem e eu não gosto de comer ramos inteiros de salsa e os pauzinhos verdes da mesma… não renego a minha metade d

Pedido de Desculpa

Deves um pedido de desculpa a alguém? É a pergunta que me fica a matutar e não a outra: o que dizem os teus olhos? Os meus olhos provavelmente dizem muito mais do que a minha boca e já que não emitem palavras, também não vou aprofundar o tema por ai. Eu também não sou uma pessoa de muitas palavras…ou até sou…enfim. Alguns dias mais do que outros… Em relação à pergunta inicial, provavelmente sim… Porque uns dias sou um bocadinho bicho-do-mato, porque nem sempre tenho paciência, porque não sou fácil, porque sou excessivamente desconfiada com as boas intenções dos outros e porque tenho sempre pé atrás qual sou alvo dessas mesmas boas intenções. Como se costuma dizer: “não há almoços de borla”… Sim, é provavelmente um exagero da minha parte. Mas quando se abrem flancos e nos provam que cedemos para a pessoa errada, torna-se difícil não passar o resto da humanidade pelo raio-x: safety rules! Errar é humano, e todos temos o nosso quinhão. Não que os meus erros me pesem

Diz que vens...

Se eu pedir para ficares, ficas? Se eu te pedir para vires, vens? Posso subornar-te com beijos? As histórias têm todas um começo, mas eu quero que a nossa tenha o presente como meta, quero hoje, quero amanhã, quero o sempre. O sempre na duração do nosso amor, como uma sede insaciável que nunca conseguimos superar. Sôfregos, desejosos e quentes… Não quero os tempos contados, nem as palavras sempre simpáticas, quero os actos marcantes que me deixam sem palavras, quero as surpresas inesperadas e as rotinas alteradas. Quero-te a ti só porque sim, se me fazes sentir saudades, é a ti que eu quero. Posso rabiscar argumentos infinitos, dar-te a chave da porta, deixar-te entrar, dizer-te aquilo que sabes porque sentes o mesmo… se te pedir para vires, vens? Quando os sonhos me chegam, na noite já alta, mesmo que não queira, mesmo que não escolha a minha alma viaja até ti. É lá que desejamos estar, perto de ti, com os teus cheiros, o teu toque, a tua presença. Diz que fic

"O Caminho faz-se Caminhando"*

Eu enfrento, sempre enfrentei… para o bem e para o mal. Mas hoje, quero fugir, fugir e fugir. Para longe, para o desconhecido, para o inexplorável, sem corda, sem roupa, sem segurança, sem nada. Seja o que for, hei-de enfrentar. Já venci dragões, monstros de baixo da cama, aves de rapina, escarpas ingremes, buracos de lodo e nunca olhei para trás. Segui em frente, recompus-me, mudei de faixa de rodagem e continuei o caminho. Umas vezes sozinha, outras acompanhada, umas  vezes às escuras, outras encadeadas pela luz, com frio e com calor… fui e enfrentei. Não quero ficar para ver a montanha cair, nem assistir na primeira fila ao tsunami que se avista. O mar vai abrir-se e eu quero passar pelo meio e chegar sã e salva à outra margem, com coragem e determinação. Se tiver de nadar, nado, mas garanto que nunca me irei afogar. A única coisa que alguma vez me irá afogar é o amor todo que tenho dentro de mim para dar, solto, avulso para quem o merecer, sem retorno, para quem o acei

Be true to yourself

De tudo o que se pode considerar verdade absoluta (as poucas) mantermo-nos fieis ao que somos, é uma delas. Sou uma pessoa de crenças, religiosas à minha maneira e de tudo o que acredito, sei que para viver bem, feliz e em paz devo ouvir a minha consciência, porque só ela me irá dar as respostas que preciso, acima de tudo paz de alma. Manter-me fiel à minha consciência é o que me faz crer que as pessoas são por base todas boas (mesmo que não sejam) e que têm potenciais incalculáveis que me irão espantar sempre, pela positiva. Eu gosto de aprender com os outros e conhecê-los, como se todos os dias fossem uma descoberta. É muito estimulante. Apesar disto, não vivo num mundo cor de rosa em que acho que todas as pessoas são fantásticas, boas, inteligentes e compatíveis comigo. Mas no arranque vão sempre com a vantagem de acreditar que são e que estão nos níveis bons de positividade (nos meus parâmetros). Felizmente, a intuição depois descortina o resto…e eventualmente irei percebe