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Diz que vens...

Se eu pedir para ficares, ficas?
Se eu te pedir para vires, vens?
Posso subornar-te com beijos?

As histórias têm todas um começo, mas eu quero que a nossa tenha o presente como meta, quero hoje, quero amanhã, quero o sempre. O sempre na duração do nosso amor, como uma sede insaciável que nunca conseguimos superar. Sôfregos, desejosos e quentes…

Não quero os tempos contados, nem as palavras sempre simpáticas, quero os actos marcantes que me deixam sem palavras, quero as surpresas inesperadas e as rotinas alteradas.

Quero-te a ti só porque sim, se me fazes sentir saudades, é a ti que eu quero.

Posso rabiscar argumentos infinitos, dar-te a chave da porta, deixar-te entrar, dizer-te aquilo que sabes porque sentes o mesmo… se te pedir para vires, vens?

Quando os sonhos me chegam, na noite já alta, mesmo que não queira, mesmo que não escolha a minha alma viaja até ti. É lá que desejamos estar, perto de ti, com os teus cheiros, o teu toque, a tua presença. Diz que ficas…

Posso pedir por favor? Achas que preciso de formalidades?

Existem beijos para explorar e todo o caminho dos corpos para sentir… diz que vens.
Sempre que a ansiedade me martela a paz de espirito, não consigo ter sossego, não quero ter sossego porque vivo na urgência da tua presença. Vou aguardar, com toda a paciência infinita que tenho em mim, o meu coração diz-me que tu vens e vais ficar.

Poucas são as certezas que tenho, mas tu és uma delas.


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