De tudo o que se pode considerar verdade absoluta (as
poucas) mantermo-nos fieis ao que somos, é uma delas.
Sou uma pessoa de crenças, religiosas à minha maneira e de
tudo o que acredito, sei que para viver bem, feliz e em paz devo ouvir a minha
consciência, porque só ela me irá dar as respostas que preciso, acima de tudo
paz de alma. Manter-me fiel à minha consciência é o que me faz crer que as
pessoas são por base todas boas (mesmo que não sejam) e que têm potenciais
incalculáveis que me irão espantar sempre, pela positiva. Eu gosto de aprender
com os outros e conhecê-los, como se todos os dias fossem uma descoberta. É
muito estimulante.
Apesar disto, não vivo num mundo cor de rosa em que acho que
todas as pessoas são fantásticas, boas, inteligentes e compatíveis comigo. Mas
no arranque vão sempre com a vantagem de acreditar que são e que estão nos níveis
bons de positividade (nos meus parâmetros). Felizmente, a intuição depois descortina
o resto…e eventualmente irei perceber se fica acima da linha ou a abaixo dela.
Claro que é como jogar à cabra cega… vai-se tentado alcançar
as coisas aos poucos, devagar e com confiança… sem confiança, nada se faz,
mesmo que exista um nervoso miudinho… e nisso algumas pessoas são parcas…
Acham que pelo simples facto de parecem em paz, positivas, boas,
com valor que isso será o suficiente para passar confiança. Dá a base, mas a
confiança constrói-se com algum tempo e dedicação, com saber aceitar o outro
como ele é. Mas é difícil, porque julgamos muito os outros… porque assumimos
que a nossa forma de viver é a correta como uma verdade universal aplicável a
tudo e a todos… e isso não é verdade. E se eu não quiser chegar ao topo da
montanha? Quem me diz que isso é que é o errado, se a planície é o meu ambiente
de eleição?
A velocidade dos dias não ajuda neste exercício, porque
temos de ser objetivos e práticos. E nem sempre estamos dispostos ou disponíveis
para fazê-lo. Não é apenas o tempo ou a idade que passam, a forma como
vemos e pensamos também passa por uma transformação física, ainda que abstrata
mas concreta na construção da nossa pessoa.
Desgastam-me de sobremaneira perguntas/ afirmações como:
O que tens a perder?
As outras pessoas fazem…
O que eu perco pode não ser o mesmo que o outro perde, aliás
a forma como encaro a perca pode ser totalmente oposta à da outra pessoa. E
porque hei-de perder o quer que seja? Porque se faz esta pergunta na negativa?
Talvez seria mais produtivo se perguntassem: já viste o que podes ganhar? E
mesmo assim… ganhar para mim é uma coisa e valorizo de determinada maneira…
nunca nos pomos no papel do outro quando queremos que a nossa vontade prevaleça.
O que os outros fazem, a mim diz-me pouco respeito e é um
argumento ao lado. Bom para essa pessoa se faz isso, eu faço como entendo… nem
o ADN justifica que façam as coisas igual a A ou B só porque o argumento é: as
outras pessoas fazem. O outros são os outros, eu sou eu… mesmo quando sou o
outro para alguém. Não me metam nesse saco…
Resumidamente, é isto...
Pois é Sofia mais um ótimo post. Parabéns.
ResponderEliminarViver sobre a pressão dos estereotipos é de fato uma chatisse.
E por vezes até nos deixamos levar e fazemos como os outros fazem, mas existem outras que não apetece mesmo nadinha.
Por mim sempre soube o que é remar contra a maré, e por vezes remei dessa forma pq era teimoso estava 10.000 vezes errado, dei-me mal mas acho q aprendi as lições que devia aprender.
Tb tocas num ponto interessante que é o cuidado que devemos ter em não querer/desejar/impor aquilo que somos aos demais. O ser humano é tramado e apesar de sabermos que isso de formatar tudo à "nossa maneira" não resulta, quando nos damos conta já vamos a meio caminho de o fazer... É uma armadilha tramada.
A positividade faz-nos saltar este obstáculo, faz-nos acreditar e ter confiança em nós e na diferença do ambiente envolvente. Sermos positivos com os novos inputs é bom sem baixarmos a guarda. It is hard...
Tudo se consegue com treino... ;) uns dias melhores que outros mas sempre com vontade.
ResponderEliminar