Enerva-me a minha própria fraqueza!
O querer estar contigo e não conseguir dizê-lo, como se alguma coisa me impedisse e o único impedimento sou eu. A vida anda para a frente e nunca para trás mas eu sinto que dou três passos à frente e cinco para trás, sem nunca conseguir apanhar o ritmo certo para estar onde devo.
E depois chegaste tu, para me trocares as voltas quando já estava tudo encaixado e arrumado! É sempre assim, quando "terminamos" uma missão, chega logo outra para nos empurrar para o desconhecido. Pior, é sempre quando achamos que precisamos descansar e meditar sobre outras questões, engavetando o amor no fundo de um armário que fechamos a sete chaves.
E depois chegas tu, pé ante pé, sorrateiro a espreitar por trás da porta, discreto, quase imperceptível... Mas ali, a levantar suspeitas, com alguns porquês e comos, sem resposta. Eu vi-te chegar, mas fingi não ver, nem me quis interessar. Omiti-te isso, assim como outras coisas... Por desconfiança e algum medo. Não te quis dar importância, não me quis dar importância, na lógica falhada do que não importa o tempo leva.
E o tempo não levou, foi sempre te trazendo todos os dias um pouco mais na minha direção, e eu a fingir não ver... Fiz todos os esforços para te ignorar, para te responder mal, fui incorreta, seca, desinteressante... Fui parva. Foram actos conscientes na inconsciência da tentativa de fuga, como se fosse possível fugir do inevitável.
O inevitável que eras tu.
A minha persistência em fingir não ver, aguçou a minha curiosidade, o fogo queima mas ainda assim aproximo-me para ver de perto... Que mistério foi este que te trouxe até mim? Continuo sem saber...
Agora sinto que é tarde para voltar ao início, os danos irreparáveis estão feitos, abriu-se a caixa de Pandora. O desconhecido encerra tudo o que quero descobrir já...
Deixas-me?
☺️
ResponderEliminarQuiçá o que se segue 😊
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