Essa é a tua maneira de não te deixares ir.
És brusco, selvagem, autoritário e impetuoso mas é só
para fugires do inevitável. Assim ficas ai do teu lado da margem, seguro,
confiante que o amor não consegue nadar até esse lado. Que quando a onda vier
vais estar em terra firme e por isso imune a qualquer afeto que não planeaste.
És tão engraçado…
Mas essa é a tua maneira de não te deixares ir.
Gosto da forma como te escondes atrás do fazer bem aos
outros. A felicidade dos outros é a tua felicidade: “quero que sejas feliz para
me fazeres feliz, sou altruísta!”, dizes. Não é assim que funciona, amor…
Só podes fazer os outros felizes se também fores feliz. Eu sei que és feliz assim, incompleto e imperfeito. Eu gosto disso tudo em ti.
Podes ser tudo, e eu sei que és e que o fazes porque
acreditas com toda a tua verdade que é assim que deves ser. Um perfeccionista imperfeito. O amor chega sempre sem
planeamento, chega quando as imunidades estão todas em baixo, quando as
barreiras estão off… chega sem que possas fazer nada, sem que consigas
controlar, sem que sejas dono e senhor do teu destino. Não te poupa, não poupa ninguém. Deixa-te ir.
No meio desta aventura, tens de saber voar. Não podemos
andar sempre com os pés em terra firme, por vezes é preciso levitar para ver
mais longe, para deixar que a alma nos leve a outro lugar onde não chegam os
pés. Mas tens de te deixar ir. Acredita em mim, é bom soltar as amarras.
Vamos juntos, seguras na minha mão e confias. Deixa-me
guiar-te. Deixa-te ir uma vez na vida, confia.
Nunca te esqueças: “The object
of love is the best and most beautiful. Try to live up to it.” escreveu John Steinbeck, este é o teu desafio.
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