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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2015

Lição do dia

Se o arrependimento matasse, estaria fulminada! Dei por mim a vasculhar nas pastas perdidas do meu e-mail pessoal e encontrei coisas tão engraçadas, trocas de e-mails tão divertidas, coisas bonitas essencialmente. Depois resolvi continuar a procurar outras trocas, mas nada… e lembrei-me: ups apaguei tudo! Recordo que em tempos criei uma pasta onde depositei tudo ao monte, como se faz com a tralha velha. Num dia menos bom, devo ter feito o delete completo, sem hipótese de reverter. Pois é, o fim das histórias, relações ou seja lá o que for tem sempre este quê de dramático! Eu resolvo assim, apago tudo, devolvo tudo, deito fora como se isso fosse apagar as memórias ou o sofrimento. Não deixa de ser terapêutico, mas depois passado algum tempo perde-se no tempo o que foi mau e o bom também, no impulso apenas do lado mau. Isso é uma treta…não vai resolver nada, muito menos apaga o quer que seja. Só torna ténue os factos do passado e perde-se o fio à meada. Eu sei que partil

Muse na Aula Magna: Abril 2002

Todas as bandas começam pelo principio e antes das multidões, existem estes espetáculos intimistas e inesquecíveis. Estava uma noite quente de tempo seco, a prometer recordações memoráveis. Os Muse foram uma descoberta da minha irmã, ela já ouvia e já conhecia muito antes de tudo. Aos poucos foi-me passando o bichinho e a coisa pegou. A loucura instalou-se quando descobrimos que vinham a Lisboa e corremos para comprar os bilhetes. A Aula Magna cheia para receber uma nova banda britânica, quase desconhecida. Tocaram como sempre de forma magistral o primeiro álbum, sem falhas, com som cristalino, envolvente quase como se tivessem a tocar na sala lá em casa. Sentia-se um nervoso miudinho de excitação, ninguém sabia o que esperar, mas contavam com o melhor! E assim se fez justiça! Foram bons, como provaram ser todas as restantes vezes! O concerto terminou com uma chuva de balões brancos gigantes que invadiram a aula Magna. Lembro-me de ter saído da sala aos trambolhões, est

Seguir, Follow, Folgen, Seguire, Suivre...

Há um blog muito giro para seguir, aqui: http://omeuserendipity.blogspot.pt/ E é mesmo aqui neste espaço! E uma vida paralela ao blog no instagram #omeuserendipity Espreitem ;)

Testing

Às vezes fazem-se coisas contra a nossa natureza, só porque também é necessário contrariá-la. Até para nos testarmos, essencialmente isso. Mas a conclusão final é que apesar dos testes, aquilo que somos e aquilo que temos em nós, tem um centro de gravidade muito forte que nos torna verticais e nos dá coerência. Claro que não invalida que uma vez por outra, não sejamos incoerentes. A vida é uma descoberta diária, em todas as suas vertentes. E fazer o oposto do que é correto ou do que é habitual em nós, pode simplesmente indicar que tentámos fugir da nossa zona de conforto. Dar um passo em frente e por vezes vir dois para trás, só assim é que sabemos o que funciona ou não. O não é sempre garantido, mas pode ser um sim, temos o 50/50 reservado. De qualquer modo, aquilo que nos define é o certo. É a nossa verdade, o que nos deixa confortáveis, a nossa consciência fica em paz. No fundo sabemos que apesar de termos testado uma atitude diferente, não somos aquilo, não somos assim

Madrugada

Pela madrugada, dei conta da tua ausência.  O estares sem estar, o corpo imaginado e sentido, lado a lado. O teu cheiro está por todo o lado. Como se a memória ofactiva não perpetuasse o tempo.  Os vazios que não se preenchem. O morrer estando vivo. Fecho os olhos e tento esquecer tudo.  Os pormenores e todas as palavras que insistem em permanecer na minha cabeça. O corpo não suporta cama. Apetece-me gritar.  O silêncio não se aguenta.  A ausência é demais.  Com o passar dos anos devia ficar mais fácil.  Mentem-nos!!! Ganha proporções insuportáveis. Do fundo do quarto, sussura uma voz, quase imperceptível: - Não desistas do rapaz... #omeuserendipity

Conversas sobre sexo

O peso da censura anda sempre em cima da cabeça de uma mulher! Se a mulher é sexy é demasiado oferecida, se é sensual é uma puta, se é uma santa é sonsa… e assim de nenúfar em nenúfar se afunda a ninfa no pântano da pouca vergonha!  Quem inventa estes rótulos/mitos? A igreja? As mulheres? Os homens? Os vizinhos? Os livros??? Quem??? Nossa senhora nos valha… se não se faz é porque não se faz, se faz pouco tem falta desenvoltura, se faz muito é vaca… ó céus! O sexo para as mulheres é tão necessário como para os homens, com algumas diferenças substancias já que nós precisamos de mais do que um piscar de olhos e um rabo, para o sexo.  A realidade é que qualquer mulher pode ser sexy, sensual, depravada, ordinária sem nunca deixar de ser decente. Claro que irão sempre existir diferenças entre homens e mulheres. Essencialmente porque os homens querem isso tudo numa mulher, mas não conseguem transpor isso para a mãe, mulher ou filha… essas não são como as outras. Ora francamente…

Esperar

Na marcação da agenda, hoje estava reservado para chorar.  Mas os minutos foram-se precipitando ao longo do dia e a vontade não fez a água escorrer. Ainda insisti com pensamentos dispersos e música de fundo nostálgica, mas o cansaço venceu-me!  Logo hoje que devia chorar, no dia seleccionado para o efeito, nada!  E se a coisa se der amanhã? Não pode ser, ninguém chora ás terças-feiras, muito menos nas sextas...  Pode ficar em standby, mas o mês ainda tem uns dias e se é para chorar que seja em antes do fim do mês!  E se está marcado é para cumprir mesmo que a vontade não chegue.  Chama-se a isto gestão de prioridades. Fitando a falta de vontade com o desanimo, o pensar no que não aconteceu, em tudo o que ficou por dizer e viver, em desejos, sonhos, enganos, corações e sei lá mais o quê.  Pensar em ti sem retorno... Não me faz chorar murcha-me o sorriso. Só isso...  Vou aguardar, pode ser que ainda dê para chorar hoje.  Posso sempre adiar até ao próximo inverno, m

Sim ou sopas

O que não tem solução, solucionado está! Diz o ditado e a minha mãe sempre usou muito esta expressão. Pode ser apenas inadaptação às circunstâncias e ter alguma solução. Como é que, o que não tem solução pode estar solucionado?  Até as coisas que se partem se podem colar, e senão se colarem vão para o lixo, logo tem uma solução. A solução definitiva para a maleita. É acomodar? Deixar estar? Esquecer o assunto? Posso não estar a interpretar bem o ditado! Ou seja, posso estar com um problema grave de interpretação e a perder tempo a pensar nestas coisas, que me enchem a cabeça de questões, dúvidas, campainhas e afins.  Teimosa como uma mula. Sou eu. Isto não faz qualquer sentido. Os problemas para mim são sempre soluções. Não é o problema em si que me consome, apenas a solução. Eu não trato problemas, eu encontro soluções, é a minha máxima. Eu resolvo, resolvo e resolvo.  É verdade que isto faz com que muitas vezes a gravidade do problema me passe ao lado. Mas assim o medo

Memória curta!

O tema recorrente. Que país é este que enaltece os agentes do fisco, pelo bom trabalho na “luta” pela evasão fiscal cega do sistema? Os cobradores de fraque do estado são os funcionários do ano, concluo eu, que serão aqueles que salvam vidas! São  eles que respondem aos apelos do 112, que estão num bloco operatório horas a fio, que se levantam às 5 da manhã para ir limpar escritórios, que apagam incêndios, que cuidam de idosos, que ensinam as crianças, que recolhem animais abandonados, que distribuem comida pelos sem abrigo, que cuidam dos doentes em estado terminal…os heróis dos nossos dias são os cobradores de fraque. Não que as pessoas não trabalhem bem nas suas funções e que não mereçam ser recompensadas. Concordo plenamente, mas parece-me vergonhoso que no contexto do estado, uns sejam funcionários de primeira e outros de segunda. E que uns mantenham cortes, não tenham aumentos nem prémios e outros sejam beneficiados apenas porque cobram bem impostos. Impostos estes q

Aprender a mal

O que nos deveria acontecer quando somos incorretos com alguém, quando brincamos com os sentimentos de outro ou quando fazemos mal de forma consciente? Calhou pensar neste tema porque acho que devíamos perceber logo quando isto acontece. Como forma de precavermos futuros mal entendidos e comportamentos menos bons. Diz-se que a “justiça divina tarda mas não falha” e mais cedo ou mais tarde, acabamos por “pagar” pelas nossas más ações, e assim sendo resta-nos apenas aguardar, porque iremos levar com a lição em cima garantidamente. Pois eu acho que devia ser um processo mais automático. Se eu mandasse seria assim, mas eu não mando nada! E já me estava a imaginar, sugada por um tubo tipo aspirador. Claro que não seria logo logo, porque podemos agir mal e corrigir a meio do caminho. Mas se continuássemos a magoar outra pessoa de forma recorrente, ai sim, vinha o tubo sugar-nos para nos enfiar num quarto escuro onde uma voz off nos falaria sobre o tema, como reflexão e nos faria