Às vezes fazem-se coisas contra a nossa natureza, só porque
também é necessário contrariá-la. Até para nos testarmos, essencialmente isso.
Mas a conclusão final é que apesar dos testes, aquilo que
somos e aquilo que temos em nós, tem um centro de gravidade muito forte que nos
torna verticais e nos dá coerência. Claro que não invalida que uma vez por
outra, não sejamos incoerentes. A vida é uma descoberta diária, em todas as
suas vertentes.
E fazer o oposto do que é correto ou do que é habitual em
nós, pode simplesmente indicar que tentámos fugir da nossa zona de conforto.
Dar um passo em frente e por vezes vir dois para trás, só assim é que sabemos o
que funciona ou não. O não é sempre garantido, mas pode ser um sim, temos o
50/50 reservado.
De qualquer modo, aquilo que nos define é o certo. É a nossa
verdade, o que nos deixa confortáveis, a nossa consciência fica em paz. No
fundo sabemos que apesar de termos testado uma atitude diferente, não somos
aquilo, não somos assim. Tentamos, fizemos o possível ou por algum motivo não correu bem pelas circunstâncias e iria sempre correr mal, porque não somos assim.
Os factos forçaram-nos a mudar, porque tinha de ser, mas no fim das contas não
conseguimos fugir do que somos.
Se pensarmos bem, passamos uma vida inteira a
tentar definir-nos e a tentar encontrar um caminho que nos preencha e que seja
o nosso reflexo, mas que todos os dias pomos em causa, para percebermos a
profundida da nossa convicção.
E errar todos erramos. E até ai, no mais profundo do nosso
amago, temos sempre arestas para limar. Desde que se consiga perceber isso, não
faz mal testar. O que resulta para mim não tem de resultar para o outro, é a
lei da vida. Somos todos complementares na nossa diferença e é isso que torna a
diversidade das pessoas, linda!
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