O que não tem solução, solucionado está! Diz o ditado e a
minha mãe sempre usou muito esta expressão.
Pode ser apenas inadaptação às circunstâncias e ter alguma
solução. Como é que, o que não tem solução pode estar solucionado? Até as coisas que se partem se podem colar, e senão se
colarem vão para o lixo, logo tem uma solução. A solução definitiva para a
maleita.
É acomodar? Deixar estar? Esquecer o assunto?
Posso não estar a interpretar bem o ditado! Ou seja, posso
estar com um problema grave de interpretação e a perder tempo a pensar nestas
coisas, que me enchem a cabeça de questões, dúvidas, campainhas e afins. Teimosa como uma mula. Sou eu. Isto não faz qualquer sentido.
Os problemas para mim são sempre soluções. Não é o problema
em si que me consome, apenas a solução. Eu não trato problemas, eu encontro
soluções, é a minha máxima. Eu resolvo, resolvo e resolvo. É verdade que isto faz com que muitas vezes a gravidade do
problema me passe ao lado. Mas assim o medo não me paralisa, porque me foco na
resolução do imbróglio. Só depois de devidamente resolvido, na versão
descomprimida é que me dou conta de ter estado à beira do abismo. Nunca antes
disso, só depois.
Portanto como não tem solução?
Tem de ter, mesmo que seja começar de novo. Aceito que me
digam, agora não dá. Ou as circunstâncias não estão ok para se avançar ou para
fazer. O standby também existe, apesar de gostar pouco dos intermédios, mas
reconheço que por vezes são necessários, em regime provisório, e só!
Há solução sim. Posso não ser eu a chegar à conclusão final,
posso só dar o pontapé de arranque… mas alternativas é o que não nos falta: para emendar, para reformular ou reconstruir! Haja vontade! Também nunca ninguém
disse que tinha de sair perfeito na primeira volta, na segunda ou na 10ª vez!
Se chegar a uma solução vale a pena, então não me importo até de morrer a
tentar! Independentemente do tempo que levar. É o empenho que conta, a paixão
que nos move a isso. Nem sempre nos vamos sentir motivados, apaixonados,
destemidos, vamos muitas vezes desistir mas a solução essa existe sempre, leve
o tempo que levar. Novamente, haja vontade para isso e uma boa dose de
paciência. Que por vezes me escasseia…
Deve ter sido isto que pensaram os Incas quando chegaram ao
topo de Machu Picchu: agora que aqui chegámos, não vamos voltar a trás!
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