Os parâmetros de avaliação, são sempre complicados e
subjetivos por mais objetivos que os apresentem!
É incontornável! A forma como me avaliado não é a forma como
os outros me avaliam e aquilo que eles veem em mim, nem sempre é aquilo que
vejo em mim ou o que sou. E não estou sequer a dizer se é bom ou mau…
Se me pedem para me auto avaliar, não esperam certamente que
me ache pouco. Não sou a ultima coca-cola no deserto, mas não sou pouco ou
nada! Há coisas que não se admitem. Não é falta de humildade, é a realidade!
Por reconhecer o meu valor não quer dizer que não seja humilde ou que não haja
humildade em mim, quer antes dizer que sei o que valho e estou disposta a
mostrar o meu valor.
Com caraças… se eu não sei o que sou capaz de fazer e
reconhecer valor no que já fiz, quem há-de reconhecer?
Mais uma vez, lá está…não me estou a pôr num pedestal, mas
caramba…todos nós temos coisas no nosso percurso que nos orgulhamos. Não
precisa ser uma obra de arte ou a fórmula da vida eterna, basta que nos
preencha.
Também não é falsa modéstia, é mostrar o que eu valorizo em
mim. Se eu não souber avaliar-me convenientemente, não posso
exigir que os outros o façam. Afinal de contas, sou a primeira pessoa a
desvalorizar-me.
Por isso, a auto avaliação não é o momento para mostrarmos
que somos pessoas de egos maiores que o corpo, é o momento em que demonstramos
aos demais que sabemos quais são os nossos pontos fortes e fracos.
A mentalidade do portuguesinho, que é um tipo porreiro, mas poucochinho,
já era!
Somos porreiros, temos valor e olhem para nós a assim.
Deixem-se de merdas.
Por falar em valorização pessoal…
© Rute Obadia Fotografia - https://www.facebook.com/ruteobadia.fotografia
Tal e qual. A conversa do pobrezinho, humildezinho que bebe um cafezinho deixa-me doida!
ResponderEliminarCompletamente!!!
EliminarOlá Sofia,
ResponderEliminarNa esfera totalmente pessoal eu diria que para o nosso bem geral a auto-avaliação deverá ser o mais elevada possível. :)
Agora quando se trata de confrontar a auto-avaliação com a avaliação que os nossos envolventes fazem de nós, forçosamente elas terão diferenças, tal como dizes.
No mundo puramente laboral, usa-se quase a 100% a mistura de critérios subjetivos, com critérios objetivos, às vezes de forma dissimulada, outras vezes de forma descarada. E a subjetividade está incluida nestas ditas avaliações apenas e unicamente para deitar abaixo todas as possiveis avaliações. E isto enerva-me. Grrrr!
Em ambos os planos do pessoal e do laboral, tb já me cruzei com pessoas que se aproximam da sociopatia ou serão mesmo completamente sociopatas, que se acham o "supra-sumo-do-supra-sumismo", e que apesar da generalidade da avaliação envolvente ser baixa, se auto-avaliam de forma excelente.
Vivo bem com as auto-avaliações do "quase-excelente" porque no confronto da minha avaliação com a auto-avaliação do outro sei o que deve ou não ser puxado para cima.
Creio que nas culturas germanicas e anglo-saxónicas é que a sobrevalorização do "eu" é usada de uma forma muito enfática. No Reino Unido isso é corrente e serve de quase de barreira mental, tipo quanto mais eu ofuscar os envolventes, menos os outros me vêem com a nitidez que lhes permita apontar um pontinho sequer. :)
Beijinho
Bruno
Banda sonora: Thievery Corporation - Firelight ( https://www.youtube.com/watch?v=tyM6R0uhi8U )