Avançar para o conteúdo principal

Auto - Avaliação

Os parâmetros de avaliação, são sempre complicados e subjetivos por mais objetivos que os apresentem!

É incontornável! A forma como me avaliado não é a forma como os outros me avaliam e aquilo que eles veem em mim, nem sempre é aquilo que vejo em mim ou o que sou. E não estou sequer a dizer se é bom ou mau…

Se me pedem para me auto avaliar, não esperam certamente que me ache pouco. Não sou a ultima coca-cola no deserto, mas não sou pouco ou nada! Há coisas que não se admitem. Não é falta de humildade, é a realidade! Por reconhecer o meu valor não quer dizer que não seja humilde ou que não haja humildade em mim, quer antes dizer que sei o que valho e estou disposta a mostrar o meu valor.

Com caraças… se eu não sei o que sou capaz de fazer e reconhecer valor no que já fiz, quem há-de reconhecer?

Mais uma vez, lá está…não me estou a pôr num pedestal, mas caramba…todos nós temos coisas no nosso percurso que nos orgulhamos. Não precisa ser uma obra de arte ou a fórmula da vida eterna, basta que nos preencha.

Também não é falsa modéstia, é mostrar o que eu valorizo em mim. Se eu não souber avaliar-me convenientemente, não posso exigir que os outros o façam. Afinal de contas, sou a primeira pessoa a desvalorizar-me.

Por isso, a auto avaliação não é o momento para mostrarmos que somos pessoas de egos maiores que o corpo, é o momento em que demonstramos aos demais que sabemos quais são os nossos pontos fortes e fracos.

A mentalidade do portuguesinho, que é um tipo porreiro, mas poucochinho, já era!
Somos porreiros, temos valor e olhem para nós a assim. 

Deixem-se de merdas. 


Por falar em valorização pessoal…

Comentários

  1. Tal e qual. A conversa do pobrezinho, humildezinho que bebe um cafezinho deixa-me doida!

    ResponderEliminar
  2. Olá Sofia,
    Na esfera totalmente pessoal eu diria que para o nosso bem geral a auto-avaliação deverá ser o mais elevada possível. :)

    Agora quando se trata de confrontar a auto-avaliação com a avaliação que os nossos envolventes fazem de nós, forçosamente elas terão diferenças, tal como dizes.

    No mundo puramente laboral, usa-se quase a 100% a mistura de critérios subjetivos, com critérios objetivos, às vezes de forma dissimulada, outras vezes de forma descarada. E a subjetividade está incluida nestas ditas avaliações apenas e unicamente para deitar abaixo todas as possiveis avaliações. E isto enerva-me. Grrrr!

    Em ambos os planos do pessoal e do laboral, tb já me cruzei com pessoas que se aproximam da sociopatia ou serão mesmo completamente sociopatas, que se acham o "supra-sumo-do-supra-sumismo", e que apesar da generalidade da avaliação envolvente ser baixa, se auto-avaliam de forma excelente.

    Vivo bem com as auto-avaliações do "quase-excelente" porque no confronto da minha avaliação com a auto-avaliação do outro sei o que deve ou não ser puxado para cima.

    Creio que nas culturas germanicas e anglo-saxónicas é que a sobrevalorização do "eu" é usada de uma forma muito enfática. No Reino Unido isso é corrente e serve de quase de barreira mental, tipo quanto mais eu ofuscar os envolventes, menos os outros me vêem com a nitidez que lhes permita apontar um pontinho sequer. :)

    Beijinho
    Bruno


    Banda sonora: Thievery Corporation - Firelight ( https://www.youtube.com/watch?v=tyM6R0uhi8U )

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Não devemos voltar a onde já fomos felizes

Hoje acordei com esta expressão na minha cabeça: “não devemos voltar a onde já fomos felizes”. Sempre que penso nisto, e cada vez mais me convenço, que está completamente errada. Na prática, acho que a expressão tem a ver com pessoas e não com lugares. Não voltarmos a onde já fomos felizes, ou seja, não voltar para determinada pessoa. O local acaba por vir por acréscimo, já que as memórias não ficam dissociadas de situações, locais ou pessoas. Mas é sempre por aquela pessoa específica, que não devemos voltar atrás e não pelos  momentos felizes que se viveram naquela praia ou no sopé daquela montanha. É o requentado que não funciona… ou não costuma funcionar. Acredito que para algumas pessoas dê resultado, mas de uma forma geral, estar sempre a tentar recompor uma situação que não tem concerto, não tem mesmo solução! Mesmo quando existe muito boa vontade e uma boa dose de amor. Voltando aos locais, que é isso que me importa. A história reescreve-se as vezes que forem pre

Nirvana no dramático de Cascais

Apropriado para esta semana, em que fui ver o documentário sobre a vida do Kurt Cobain.  Fiquei a entender porque se apresentou em Cascais completamento apático. O concerto aconteceu a 6 de Fevereiro 1994 e o Kurt cometeu suicídio a 5 de Abril do mesmo ano. Não devia estar no auge do contentamento... No palco esteve apenas para fazer o que lhe competia com nenhuma interacção com o público. Apenas cantou e tocou, sem dirigir uma única palavra ao público presente. Na altura achei aquilo demais, e fez-me gostar menos de todo o concerto. Só que eram os Nirvana e a eles tudo se perdoa. Recordo do meu pai me dizer: "olha aquele tipo que foste ver no outro dia, morreu. Estava a dar nas noticias." Acho que nem fiquei surpreendida, talvez suspeitasse que seria o desfecho lógico.  Sempre achei que o Kurt Cobain era um homem denso, profundo e melancólico e comprovou-se com o documentário.  Não iria dar para viver mais do que foi. A vida não foi fácil para o Kurt, um tipo se

Guns N Roses - Alvalade 2 Julho 1992

O concerto que não aconteceu porque eu não fui. É de todos os que não fui, aquele que mais me marcou, por uma série de acontecimentos. Queria mesmo ter ido! Foi o apogeu do Axl Rose, como se comprovou mais tarde… nunca mais voltou a ser o mesmo, aliás os Guns tornaram-se uma bandalheira que ficou presa naquele tempo. Não conseguiram cimentar o percurso musical para além daquele período histórico. Adiante… 1992 foi o ano do cão para toda a nossa família, começou com o desfecho tenebroso em 1991 com os AVC’s do meu avô e com o morte dele em Março. Depois disso piorou com a crise de apêndice da minha irmã, que era supostamente uma coisa simples para uma operação de meia hora e demorou 3h! Ainda por cima a minha irmã estava a começar a época de exames de acesso à universidade, o último ano da PGA. Digamos que 1992, foi o ano dos anos… O concerto só seria em Julho, a minha irmã já estaria boa e íamos com a minha prima e outra amiga. Como filha mais nova, não poderia ir sozi