Procurei-te na escuridão. Precisei de ti. Longos dias que se multiplicaram por horas e minutos infindáveis, sombras, vultos e ausências. Quis imaginar-te perto. Fechei os olhos e vi-te chegar. Precisei de abraços demorados, de encostar a minha cabeça no teu ombro. Quis descansar o meu corpo esgotado no teu colo. Nunca nos preparamos para as despedidas. Achei-te diferente, quis-te diferente, apenas te encontrei ausente. Silêncios escuros como os dias de inverno. Tempestades que nos atormentam, naufrágios que não conseguimos evitar. Quis-te perto, quero-te perto, mas não sei como. Dou-me por vencida. Nunca um inverno foi tão longo como este. Haverá sempre a primavera para nos recompor o corpo e alma. Precisei de ti.
Hoje acordei com esta expressão na minha cabeça: “não devemos voltar a onde já fomos felizes”. Sempre que penso nisto, e cada vez mais me convenço, que está completamente errada. Na prática, acho que a expressão tem a ver com pessoas e não com lugares. Não voltarmos a onde já fomos felizes, ou seja, não voltar para determinada pessoa. O local acaba por vir por acréscimo, já que as memórias não ficam dissociadas de situações, locais ou pessoas. Mas é sempre por aquela pessoa específica, que não devemos voltar atrás e não pelos momentos felizes que se viveram naquela praia ou no sopé daquela montanha. É o requentado que não funciona… ou não costuma funcionar. Acredito que para algumas pessoas dê resultado, mas de uma forma geral, estar sempre a tentar recompor uma situação que não tem concerto, não tem mesmo solução! Mesmo quando existe muito boa vontade e uma boa dose de amor. Voltando aos locais, que é isso que me importa. A história reescreve-se as vezes que forem pre
Banda Sonora: Jorge Cruz - Exausto ( https://www.youtube.com/watch?v=Lolx8WxSF4o )
ResponderEliminaré mesmo isto...
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