O que pedir para o novo ano?
Talvez que não seja tão mau como os últimos quatro, que passaram!
E acreditem que pedir isto não é pouco…
Por outro lado, se as coisas não tivessem acontecido como
aconteceram, também não teria tido a possibilidade de limar algumas arestas que
estava mesmo a precisar de ser aparadas. Existem sempre dilemas nestas coisas,
o mau que serve para desvendar segredos, doenças, problemas e porcarias para
limpar. Provavelmente na natureza humana tenha mesmo de acontecer assim, na euforia
da felicidade esquecemos que existe o lado das sombras e que um, não vive sem o
outro, porque como tudo na vida, são complementares. Não se excluem,
integram-se. Cada um com as suas particularidades.
Na adrenalina da felicidade, nem nos lembramos que existe o
inverso e tentamos prolongar a alegria por tempo indeterminado. Tanto a
felicidade como a tristeza, têm prazos, mais curtos ou mais longos mas não são para
sempre.
Podia pedir para passar pelas pingas da chuva sem me molhar,
mas não seria a mesma coisa, pois não? Nem seria possível, mas às vezes tento. E
tentar não custa!
Aceitar que as coisas mudam e que não tem necessariamente de
ser para pior. No primeiro impacto, sim pode parecer mau e duro, mas no
decorrer do tempo em que as coisas se vão integrando quase automaticamente, vão
fazendo sentido e começamos a trabalhar com elas e não contra elas. São
processos e fases, impossíveis de contornar que temos de passar. Se calhar
aprendi mais e mudei mais nestes últimos quatro anos, que em todos os anos
anteriores da minha vida. Não sei, mas que mudei, mudei… e teria sido um desperdício
se não tivesse aproveitado a maré para aprender alguma coisa, ajustar-me e
reajustar-me. Todas as fases que vivemos deixam marcas, da criança que existiu ficou
qualquer coisa, da adolescência, das escolas, das pessoas que se cruzaram
comigo, fica sempre qualquer coisa que passa a fazer parte da nossa estrutura e
que nos permite evoluir para a etapa seguinte.
Na realidade acho que não posso pedir nada, nem devo. O que
quero para 2018, é o que quero sempre, desde que nasci. Não sei o que me reserva o futuro, mas algumas coisas, ainda
que se transformem ao longo da vida, mantêm a sua essência. Com maior ou menor
profundidade, no decorrer do tempo, são estáveis. Se sentir que tenho amor, em
mim, para dar, a receber todo o resto virá naturalmente.
Que 2018 seja o ano do amor com amor e pelo amor.
Comentários
Enviar um comentário