No desafio de escrever diariamente, os temas banais podem
guardar algumas surpresas!
Como uma simples marcação de agenda se pode tornar num tema
de desenvolvimento? Ou uma simples ocasião? Um encontro? Um jantar? Ou levar o
lixo ao contentor?
Talvez não seja preciso um tema de fundo para que se
desenvolva uma ideia. Acontecem tantas coisas simples durante um dia que podem
condicionar tudo ou até mudar o que segue. Talvez seja esse o principal motivo
porque saímos com os nossos amigos e fazemos coisas lúdicas, para que a rotina
e o dia-a-dia ganhem outros contornos e se tornem dignos de nota. Bem vistas as
coisas, a maior parte dos dias são apenas isso, dias em que se acorda,
despacha-se para o trabalho, fica-se no trabalho e segue-se para casa, dias em
que chover pode ser o mais entusiasmante das 24h. Se não nos ocuparmos com alguma coisa que nos estimule ou
que quebre a rotina, a vida fica previsivelmente enfadonha!
Então precisamos sair da zona de conforto e partir para o
desconhecido: viajar sozinho, sair com alguém que não se conhece ou fazer
alguma coisa que nunca se fez. Por vezes basta alterar o caminho para casa,
para tudo parecer radicalmente diferente. O que poderá correr mal se estamos
bem intencionados? Se nos sentimos com coragem para fazer diferente? Nada. E
mesmo que corra mal ou se não corresponder ao esperado, é menos uma coisa para
manter na ordem de trabalhos, é um ponto a menos nas coisas que pretendemos
concretizar.
Não se espera conhecer alguém de forma concreta ou mais
profunda num primeiro encontro ou num segundo, é preciso algum tempo,
disponibilidade e vontade. Como tudo na vida, o que aprendemos implica tempo e
querer saber mais. Tal e qual como se passa nas viagens: começamos por ir daqui
ali a pé, depois de transportes, a
seguir de carro, passamos para o avião e não nos importamos de fazer horas a
fio para chegar ao tão desejado destino. Porque não fazemos o mesmo com as
pessoas? Entusiasmo é sempre entusiamo e existem pessoas bem interessantes e
fascinantes por ai… que merecem esse entusiasmo todo, o mesmo que nos faz
lágrimas nos olhos quando chegamos ao cimo de Machu Picchu.
Os pontos de vista, têm sempre muitas versões possíveis. Só
têm de saber qual a que melhor vos serve. Sem medos, arrisquem!
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