Desencontros

São confusos e desorganizam o sistema. Entendo. Acontecem. Mas não são pacíficos.

As dúvidas do que é. É ter certa uma expectativa que não se concretiza? É não lidar bem com planos mal planeados? É achar que o denominador comum nos desencontros do mundo, sou eu e apenas eu. Tudo o que muito se quer, desencontra-se de mim. Mesmo que tente contornar a realidade, as histórias, os desencontros parecem inevitáveis. Sempre.

O regresso do dramatismo profundo. Que não gosto, mas é quase inevitável. Maldita lua em peixes.

As dores da alma saltam quando menos se espera. Dizem, que nos faz crescer, que nos fortalece. Cada um tem de fazer a sua parte.

Depois passa e as ideias reorganizam-se. A origem identifica-se, tralha que estorva o caminho. Os calcanhares de Aquiles mal arrumados.

É uma tormenta que esmaga. Dói por dentro. Dói e dói a sério. Queima a agonia. O denominador comum, eu. Falha inevitavelmente porque sou eu. Não mereço mais do que isto. Os outros veem isso. Sinto isso. O que resta de esperança cai por terra. Julgas-te? Não é isso que te diz a tua história no mundo. Os outros mostram-te isso. Desencontros. Justificados e justificáveis, compreensíveis. Difíceis. 

Há que saber dosear o sonho da realidade. Todas as vezes que a alma se encolhe é para crescer.

Desencontro-me para me encontrar mais à frente. Desencontramo-nos para nos encontrarmos mais à frente. Sempre sem expectativas. Sem planos.

Só com vontade. 

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