Avançar para o conteúdo principal

Bipolaridade

Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei....
Não quero saber. Não quero entender. Não quero ser compreensiva. Não quero ser o que esperam que seja. Não quero ser suave. Não quero ser segura. Não quero servir de apoio. Não quero abrir a boca. Não quero responder ou dar justificações. Não gosto do frio. Não quero comer. Não me apetece fazer conversa de circunstância. Não quero ouvir vozes. Não quero acender as luzes. Não quero responsabilidades. Não quero silêncio. Não quero a rotina. Não quero dinheiro. Não quero relógios ou horas.
Tenho raiva. Quero partir tudo. Quero que me deixem em paz. Vão bugiar! Quero que tomem conta de mim. Quero que me desejem. Que não finjam preocupação ou carinho. Quero desaparecer. Quero admiração, luzes e alegria. Quero  música em alto e bom som. Quero dançar até cair. Quero imprevistos. Quero interesse. Quero ter tempo sem limites. Quero inteligência e futuro. Quero leveza. Quero ter sorte. Quero pessoas e coisas fáceis. Quero ser frágil e precisar de proteção. Quero que me abracem.   Quero beijos a sério. Quero tudo e mais alguma coisa. Quero tudo o que tiver direito. 
Quero não saber o que quero e deixar tudo acontecer por si só. 

Quero milagres. 


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Não devemos voltar a onde já fomos felizes

Hoje acordei com esta expressão na minha cabeça: “não devemos voltar a onde já fomos felizes”. Sempre que penso nisto, e cada vez mais me convenço, que está completamente errada. Na prática, acho que a expressão tem a ver com pessoas e não com lugares. Não voltarmos a onde já fomos felizes, ou seja, não voltar para determinada pessoa. O local acaba por vir por acréscimo, já que as memórias não ficam dissociadas de situações, locais ou pessoas. Mas é sempre por aquela pessoa específica, que não devemos voltar atrás e não pelos  momentos felizes que se viveram naquela praia ou no sopé daquela montanha. É o requentado que não funciona… ou não costuma funcionar. Acredito que para algumas pessoas dê resultado, mas de uma forma geral, estar sempre a tentar recompor uma situação que não tem concerto, não tem mesmo solução! Mesmo quando existe muito boa vontade e uma boa dose de amor. Voltando aos locais, que é isso que me importa. A história reescreve-se as vezes que forem pre

Nirvana no dramático de Cascais

Apropriado para esta semana, em que fui ver o documentário sobre a vida do Kurt Cobain.  Fiquei a entender porque se apresentou em Cascais completamento apático. O concerto aconteceu a 6 de Fevereiro 1994 e o Kurt cometeu suicídio a 5 de Abril do mesmo ano. Não devia estar no auge do contentamento... No palco esteve apenas para fazer o que lhe competia com nenhuma interacção com o público. Apenas cantou e tocou, sem dirigir uma única palavra ao público presente. Na altura achei aquilo demais, e fez-me gostar menos de todo o concerto. Só que eram os Nirvana e a eles tudo se perdoa. Recordo do meu pai me dizer: "olha aquele tipo que foste ver no outro dia, morreu. Estava a dar nas noticias." Acho que nem fiquei surpreendida, talvez suspeitasse que seria o desfecho lógico.  Sempre achei que o Kurt Cobain era um homem denso, profundo e melancólico e comprovou-se com o documentário.  Não iria dar para viver mais do que foi. A vida não foi fácil para o Kurt, um tipo se

Guns N Roses - Alvalade 2 Julho 1992

O concerto que não aconteceu porque eu não fui. É de todos os que não fui, aquele que mais me marcou, por uma série de acontecimentos. Queria mesmo ter ido! Foi o apogeu do Axl Rose, como se comprovou mais tarde… nunca mais voltou a ser o mesmo, aliás os Guns tornaram-se uma bandalheira que ficou presa naquele tempo. Não conseguiram cimentar o percurso musical para além daquele período histórico. Adiante… 1992 foi o ano do cão para toda a nossa família, começou com o desfecho tenebroso em 1991 com os AVC’s do meu avô e com o morte dele em Março. Depois disso piorou com a crise de apêndice da minha irmã, que era supostamente uma coisa simples para uma operação de meia hora e demorou 3h! Ainda por cima a minha irmã estava a começar a época de exames de acesso à universidade, o último ano da PGA. Digamos que 1992, foi o ano dos anos… O concerto só seria em Julho, a minha irmã já estaria boa e íamos com a minha prima e outra amiga. Como filha mais nova, não poderia ir sozi