Algumas história escrevem-se em poucas palavras. A minha
neste contexto é extensa, mas tem poucas palavras.
Acho que bem aplicada a palavra certa é: amor. O amor é elástico e
aplica-se a uma série de situações e a música dá-me amor em todas as suas
vertentes, não sei viver sem ela.
O que eu gosto de música, concertos, cd’s, rádio, histórias, acompanha-me desde sempre. Durante anos a fio adormeci a ouvir música, umas
vezes com o rádio ligado toda a noite e outras embrulhada no phones até as pilhas
morrem. Nunca me faltou a música, pelas cassetes, pelo rádio, pela tv ou pelos cd's. Foi a minha companhia nas viagens de carro com infindáveis cassetes e mais tarde cd’s que
percorreram quilómetros e quilómetros de estrada. Bandas sonoras para idades e momentos
de vida, preciosidades irrepetíveis.
E o amor dos amores, com os The Doors.
Ora um grande amor não
se explica, sente-se… e só de estar a escrever isto, fico com pele de galinha. É ouvir os acordes de uma música dos Doors a tocar em qualquer lado e a minha atenção centra-se nisso, como se não existisse mais nada à volta. Procurámo-nos e encontrámo-nos ao longo da vida, vezes sem conta.
É
uma essência que me compõe, seja lá o que isso for. Difícil de pôr em palavras
a descoberta de todo um mundo que surgiu para mim um pouco antes da adolescência
e que nunca se perdeu. Foi crescendo comigo, etapa a etapa, célula e a célula,
partícula a partícula. Dois em um, indissociáveis. São assim os The Doors para
mim.
Não é apenas o Jim Morrison, nunca foi. Não lhe posso tirar o valor, magnetismo e encanto que é óbvio, é o todo e cada um
por si só. Hoje 44 anos depois do seu desaparecimento, os The Doors nunca
mais foram os mesmos sem ele.
Garantidamente a eternidade é vossa, assim como o meu amor.
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