Um dia o mundo tem todas as possibilidades possíveis e imagináveis
e no dia a seguinte deixa de ter.
Nunca nos colocamos nesta posição: da impossibilidade. Pode
ser pelo anseio da juventude permanente, não saber o que o esperar do tempo e
julgar que se tem sempre tempo para tudo. A eternidade e o infinito é tudo o
que temos pela frente, mesmo não tendo. Sabemos disso desde o dia em que
nascemos, mas insistimos em esquecer, pelo bem da nossa sanidade.
Mas num dia adormecemos com tudo aos nossos pés e acordamos
com limitações que não calculávamos, porque sempre achamos que tínhamos tudo
para conseguir fazer o que nos propomos sem entraves. O tempo sempre foi nosso
aliado e de um momento para o outro, escasseou. Como se uma bomba estivesse a rebentar
nas nossas mãos. E o bom senso diz-nos que não nos devemos precipitar e o
coração rebenta, como quem diz: Vai! Faz o tens a fazer, já!
A vida não é linha reta, tem curvas, montanhas, planícies,
buracos, sol e chuva. Se nos adaptamos aos dias cheios de particularidades,
também nos conseguimos adaptar a todas as contrariedades que vão surgindo. Se
há característica que gosto na humanidade é a capacidade de adaptação. Aceito
essa necessidade com naturalidade, as rotinas cansam-me o espirito e muitas
coisas fora do sitio ao mesmo tempo também, eu sou a pessoa do meio, aquela que
se esforça por manter a balança equilibrada.
Não é tarefa fácil, em dias em que
um dos prato da balança desequilibra quase até ao chão. Não entrar em pânico é
a minha reação, é deixá-lo para mais tarde, se tiver de ser, mas só se tiver
mesmo de ser! Eu resolvo tudo, sempre foi assim. Mesmo as coisas que não
dependem de mim, eu resolvo, eu trato, eu melhoro, eu faço. Não podia ser
sempre assim, não é verdade? Só eu para julgar que seria possível…
Ás vezes é preciso deixar que os outros cuidem de nós, façam
o que não conseguimos fazer. Precisamos entregar-nos, como confiança e amor.
Se a vida não te dá limões…vai procurar outra fruta!
Lá terá de ser, on my way…
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