Fazer
turismo é provavelmente a melhor ocupação que se pode ter. Não é fazer turismo
como quem faz turismo. É
saber fazer turismo, sem medo de descobrir o desconhecido. Aceitando os
imprevistos, a falta de luz e a fome.
Um
turismo diferente, pensado para pessoas, situações e locais diferentes. Não é
ser um turista acidental nem fazer turismo só por fazer. É
ser aventureiro, explorador daqueles sítios reservados aos poucos heróis que
têm sorte de descobrir todo um mundo escondido. Os que acreditam no que sentem
e atiram-se sem medos.
Os
que socorrem os apelos do corpo com viagens turísticas aos pormenores mais
recônditos do corpo humano. Não é para todos, só os corajosos chegam lá.
É
sobreviver aos dias maus. Às chuvas e trovoadas. Ao pouco, ao muito e ao nada.
É saber esperar, como um caçador espera pela presa. O momento certo faz a
diferença. É saber farejar, lamber e rastejar os pormenores nas pequenas
dobras, detalhes, sinais e marcas. Mapas de tesouros que nunca nos cansamos de
descobrir. Declives, forças de atracão, ossos salientes, detalhes de pele ou os cheiros da chuva na
terra. Bússolas, rotas de orientação e guias que se acompanham ao sabor da
natureza. Somos predadores, turistas zelosos das áreas circundantes. Não
levantamos suspeitas, nem dúvidas nem questões, estamos inteiros.
O
turismo que faço contigo. O turismo que faço com o teu corpo e todas as viagens
que fazes no meu. Somos exploradores modernos.
Nunca
haverá mundo suficientemente grande ou pequeno para nós.
Indiana
Jones de chicote, indomáveis e insaciáveis.
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