Um não, não é assim tão diferente de um sim, bem vistas as
coisas. O otimismo que exigem que tenhamos é que nos impele a achar que só o
sim nos poderá salvar e nos trará a felicidade, mas por vezes um não é bem mais
libertador que um sim.
Quantas vezes não temos vontade de responder não, à pergunta:
Gostas de mim? – Não… e não é por mal… mas não temos de gostar de toda a gente
só porque é politicamente correto. E posso não gostar apenas porque não tenho
afinidade, porque a pessoa não é educada ou não é simpática ou apenas porque é uma
pessoa que não cria empatia connosco e isso não quer dizer que não seja uma
pessoa especial… só não é para mim. A verdade é dura, mas por vezes é a única
viável para marcarmos uma posição, acima de tudo, uma verdade é sempre melhor
que uma mentira.
E quantas vezes precisamos receber um não para valorizarmos
o que conquistamos?
Não obrigado. Tem habilitações a mais, não gostamos da
proposta, não pode ser agora, não hoje, não amanhã, não agora, não posso
atender neste momento… e por ai fora. Não, não não…e volta-se a insistir até
que o sim nos faça passar a outra fase.
A proporção de um não, talvez seja apenas a medida da nossa
teimosia. Da minha é certamente… pimba, leva lá mais um para não seres teimosa
como uma mula! E continuo!!!! Ainda está para nascer quem me irá desmobilizar
de uma ideia fixa! Aliás já nasceu… sou eu mesma, e só pode ser assim.
Quem
mais? Comigo posso eu bem… já com os demais, nem sempre dá para ser totalmente
frontal ou completamente franca e comigo não existe alternativa, eu sei as
coisas. E por norma não fujo delas, arranjo a minha maneira das enfrentar…
mesmo que o não me encha a cabeça, o objetivo final imutável é o sim.
Voltando ao tema, o meu sim há-de vir porque eu mereço,
porque não desisti ou porque apenas acreditei. E acreditar é meio caminho
andado. Senão acreditarmos não temos conteúdo que nos valha, precisamos de
molas interiores que nos façam reagir.
Hoje foi não, mas amanhã tenho um sim…
pode ser um sim ainda com reticencias, mas abre-nos a possibilidade de mostrar
que o merecemos. Não hão-de ser cinquenta milhões de nãos que me irão
desmoralizar… só precisamos perceber a onde nos conduz. Quiçá uma mudança de
atitude, de pensamento, de direção… mas sempre com um objetivo, porque a
felicidade é uma conquista diária.
Quanto aquele convite?
Eu queria um sim, mas não está fácil… raios parta ao não!
Comentários
Enviar um comentário