Adoro cartas de amor!
Sempre gostei. Escrevi várias ao longo dos tempos, desde
criança que me recordo de escrevê-las.
Primeiro em pequenos bilhetes, depois postais e mais tarde
cartas com várias páginas umas enviadas por correio, e-mail outras escondidas
na mochila ou em livros.
A expressão escrita sempre me facilitou o que a fala me
dificulta, como se não tivesse som para dizer as palavras que escrevo no papel,
como já devem ter reparado, debito muitas, papel em papel, caderno, agendas,
escritas à mão ou no computador. Vou deixando palavras soltas por todo o lado, semeio-as e
elas multiplicam-se.
Mesmo quando não tinha retorno, nunca abandonei este meu
gosto pelas cartas de amor. Sempre me divertiram muito. Mesmo sem retorno,
serviam para exorcizar todo o amor para o outro lado, como se o libertasse e o
entregasse ao outro: toma é teu, faz o que entenderes. De certa forma deixava
de ser responsável por ele!
Ao mesmo tempo cada carta é uma joia rara e única. Aquele
exemplar é o momento presente e condensa todas as sensações e sentimentos
daquele instante que não se volta a repetir. Claro que as cartas, como o amor,
a amizade precisa de substância que as alimente… foi um “hábito” que se perdeu.
O nervosismo para abrir o correio, rasgar o envelope, desenrolar o papel e o
coração a um ritmos descompassado.
Não percam a oportunidade de enviar um carta destas. Hoje e
sempre…
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