Avançar para o conteúdo principal

Reciprocidade

Reciprocidade é isto: saber que tu estás aqui para mim, como eu estou aqui para ti. É confiar, acima de tudo.

É deixar que me inundes quando me encho em indefinições e hesitações. Dás-me conforto, sabes ouvir.

Somos como dois países em cooperação, fornecemos auxilio. Somos trocas, incentivos e recetividade. A reciprocidade incorpora-nos como a pele, não sabemos ser de outra forma. Amamos muito.

Aquilo que nos define, na reciprocidade do amor, é muito mais profundo que a simplicidade das palavras, somos somas e não complementos. Sei que se fechar os olhos e me deixar ir, tu vais estar lá para me receber, para me tratar, orientar e cuidar. Tu sabes que terás o mesmo de mim. Sem cobranças ou exigências, apenas com entrega.

Mesmo que o mundo nos separe, a história, a vida ou o destino, manteremos este elo que nos predestina a uma união vitalicia.Tenho tanta sorte! Temos tanta sorte!

Num mundo separado por guerras e oceanos, reconforta-me saber que posso voltar para ti, sempre. Posso contar contigo sempre. Na tua cama, na tua companhia ou no teu abraço estarei sempre disponível para ti, para te salvar ou apenas para te mimar.

Juntamente com o teu nome, esta é a palavra que mais me preenche a alma: reciprocidade.
Não é apenas uma palavras é a concretização, é real.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Não devemos voltar a onde já fomos felizes

Hoje acordei com esta expressão na minha cabeça: “não devemos voltar a onde já fomos felizes”. Sempre que penso nisto, e cada vez mais me convenço, que está completamente errada. Na prática, acho que a expressão tem a ver com pessoas e não com lugares. Não voltarmos a onde já fomos felizes, ou seja, não voltar para determinada pessoa. O local acaba por vir por acréscimo, já que as memórias não ficam dissociadas de situações, locais ou pessoas. Mas é sempre por aquela pessoa específica, que não devemos voltar atrás e não pelos  momentos felizes que se viveram naquela praia ou no sopé daquela montanha. É o requentado que não funciona… ou não costuma funcionar. Acredito que para algumas pessoas dê resultado, mas de uma forma geral, estar sempre a tentar recompor uma situação que não tem concerto, não tem mesmo solução! Mesmo quando existe muito boa vontade e uma boa dose de amor. Voltando aos locais, que é isso que me importa. A história reescreve-se as vezes que forem...

Família com F maiúsculo

Quis o destino ou as coincidências, para os mais céticos, que os meus pais fizessem anos em dias seguidos. O meu pai a 18 de Dezembro e a minha mãe a 19 de Dezembro, no fim do Outono em anos diferentes. O mesmo mês, a mesma altura do ano, quase os mesmos dias, o mesmo signo. Tantas conjugações o que os torna diferentes mas ao mesmo tempo muito parecidos. São como o próprio Sagitário, fogo do fogo em dobro, muito em tudo e muito pouco em quase nada o que faz com que sejam ambos personalidades marcantes e pessoas inesquecíveis. Não digo isso porque são os meus pais (mesmo que não seja isenta), as pessoas que os conhecem podem atestar. Cada um com as suas singularidades, com as suas características, únicos em si e por si mesmos como equipa. Foram dois que passaram a quatro e que agora já são seis, cresceram a multiplicaram-se. Como estamos em época natalícia e em comemoração dos respetivos aniversários e os parabéns e felicidades estão sempre subjacentes, quis que hoje a minha fe...

Guns N Roses - Alvalade 2 Julho 1992

O concerto que não aconteceu porque eu não fui. É de todos os que não fui, aquele que mais me marcou, por uma série de acontecimentos. Queria mesmo ter ido! Foi o apogeu do Axl Rose, como se comprovou mais tarde… nunca mais voltou a ser o mesmo, aliás os Guns tornaram-se uma bandalheira que ficou presa naquele tempo. Não conseguiram cimentar o percurso musical para além daquele período histórico. Adiante… 1992 foi o ano do cão para toda a nossa família, começou com o desfecho tenebroso em 1991 com os AVC’s do meu avô e com o morte dele em Março. Depois disso piorou com a crise de apêndice da minha irmã, que era supostamente uma coisa simples para uma operação de meia hora e demorou 3h! Ainda por cima a minha irmã estava a começar a época de exames de acesso à universidade, o último ano da PGA. Digamos que 1992, foi o ano dos anos… O concerto só seria em Julho, a minha irmã já estaria boa e íamos com a minha prima e outra amiga. Como filha mais nova, não poderia ir sozi...