Sobre o merecimento, o que merecemos na verdade é o que
queremos?
Nem sempre. Podemos merecer coisas que nem sabemos e podemos
insistir estupidamente em qualquer coisa que não faz qualquer sentido. Só pela
teimosia, falem em teimosia comigo, sim dose XXL é a quantidade que consigo
suportar. Posso ou podemos (falar no plural é mais simpático que personalizar) embicar
que queremos, porque sim, porque merecemos, porque é mesmo o que queremos é o
que nos faz falta, e não passar apenas de uma ilusão. Um desejo que
condicionamos pela vontade de querer muito, do género cegueira temporária.
Uma coisa é certa, não quero nada que não mereça. Mas como
saber ao certo o que se merece? Sei lá.
Aqui o merecer é do bom e do mau, não se merece apenas o bom,
o mau também cabe nesta equação. Como tão sabiamente se diz: O que não nos mata
torna-nos mais fortes, é lindo! Mas isto é muito pouco balsâmico, para mim. Posso
ser petulante e dizer que não preciso, passo, obrigado. Na verdade é isto que
dizem que acontece. Atropelam-nos várias vezes com aqueles cilindros grandes,
estraçalham os ossinhos todos vezes sem conta, mas é para ficarmos mais fortes!
Não somos lagartos, isto não se regenera com facilidade e alguns ossos nunca
mais voltam ao sítio. Mas que se lixe, ficamos mais fortes. Deve ser pela
mentalização, tanto nos infernizamos mentalmente com esta ladainha que ela
incorpora-se, se acreditarmos muito acontece, não é? Dizem isto também.
Não resulta com o euromilhões, mas continuo a tentar na
mesma, mais que não seja pela teimosia ou perseverança. Dito assim parece uma
coisa com alguma nobreza. Ser teimosa como uma mula tem pouca classe, para ficar mais
composto, é perseverança e não caturrice. (deste momento em diante, toda a
teimosia, passará a ser designada de perseverança)
A definição do dicionário: “Qualidade de quem não desiste
com facilidade; persistência: conseguiu o trabalho pelo seu excesso de
perseverança.” Veem? É uma coisa boa, mesmo com a palavra excesso pelo meio.
Gostava mesmo de aprender sem ter de levar pancada, mas
parece que é mais difícil, não se valoriza, ou lá o que é. Dizem também isto…
Neste momento estou a valorizar, mas como o que se merece
nem sempre é o que se precisa, continuo neste dilema. Assim sendo, espero que o
prazo esteja a terminar. Estou a parecer um pouco céptica, mas não sou, o que difícil é
equilibrar aquilo em que se acredita e o cansaço que se sente no corpo, por
dentro e por fora.
Merecer até sabemos que merecemos, não sabemos é quando. É o
desajuste no calendário que me desanima, sim eu sei… é a cena de querer
controlar as circunstâncias todas, pronto vá…siga é quando tiver de ser, por um
bem maior.
Quando for, cá estarei para comprovar.
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