Voluntarismo: "s.m. Caráter de voluntário.
Filosofia. Teoria segundo a qual a vontade é a própria
essência do universo. (Antôn.: intelectualismo.)
Atitude de quem pensa modificar o curso dos acontecimentos
apenas por seu alvedrio (vontade/arbítrio).
Comportamento diretivo, autoritário.
Excesso de voluntarismo é prejudicial.
É uma afirmação, com conhecimento de causa e pode ser um
defeito complicado de gerir. Provavelmente pensando bem, a maioria das pessoas
considera-o uma qualidade: o estar disponível para ajudar os outros, dar o
corpo ao manifesto, disponibilizar-se, oferecer-se para ajudar a resolver
problemas/ questões de outras pessoas, procurar fazer o outro feliz só porque
sim, tentar quebrar rotinas e outros hábitos, fazer brincadeiras ou
simplesmente disponibilizar-se para… sim, aparentemente é porreiro.
Só devemos ser assim se o outro o pedir ou se sentirmos que
o outro quer, conscientes que podemos ter a “cabeça” a prémio se mal
interpretados. Caso contrário será seguramente prejudicial, gera maus
entendidos e o voluntarioso acaba por: abelhudo, sabichão, o quer saber tudo,
aquele que pressiona, aquele que se impõe e impõe a sua presença/existência, aquele
que se está a meter em coisas que não deve, o que não se toca, o que vai levar
na tromba se as coisas correrem mal e o que vai apanhar por tabela.
E merece!
Ninguém o mandou meter-se onde não deve e como tal, se levar
por tabela é bem feito para ver se aprende! Mesmo que a intenção não seja
invadir o espaço do outro, avançou sem autorização, ainda que com a melhor das
intenções, mas de boas intenções está o inferno cheio! A sabedoria popular sabe
bem estas coisas.
O voluntarioso na maioria das vezes não tem noção do mal que
pode causar por isso temos de avisá-lo, é benéfico para ambas as partes. Ainda
existem pessoas assim, é verdade, fazem-no pelo seu próprio bem e supostamente
pelo nosso. Aliás a intenção final é sempre pelo bem do outro.
Há nestas pessoas qualquer coisa de Jesus Cristo reencarnado
ou de super herói, elas acreditam ingenuamente que podem fazer a diferença na
vida das outras pessoas e que as outras pessoas irão gostar e em última análise
até lhes irão agradecer, ainda que o agradecimento seja o de menor. Sentem-se
preenchidos pelo bem que fazem e só isso basta-lhes.
De um modo geral desabituamo-nos a gestos desta natureza,
somos uma sociedade que privilegia o individualismo e isso supostamente
torna-nos autossuficientes e autorizados a resolver tudo em prol de nós
próprios. Vivemos num survivor em
permanência, atirados para a selva onde só nos safamos se conseguirmos fazê-lo
sozinhos. Por isso não há espaço para estas pessoas nem para estes gestos. Não
toleramos abusos, que é isso de “tentares fazer-me feliz, alguém te encomendou
alguma coisa?”, pois é… ninguém encomendou nada, só o simples facto de
gostarmos da pessoa dá-nos ganas para estas coisas.
Vá-se lá entender…
Olá Sofia,
ResponderEliminarBom ponto. E bem colocado. Diria mais Ser voluntarioso é alienígena. :D
Com todos a viverem e a equiparem (n)as suas "tocas" gestos caidos do espaço serão sempre evitados. Há que ser higiénico e manter esta gente à distância. :D hehehehe
Beijinhos,
Bruno
PS: Tenho mente voluntariosa, apanho tantas, mas tantas na cabeça... A gente cria os nossos escudos...
Sim...apanhamos sempre por tabela!!! É verdade, mas reconheço que por vezes meto-me a jeito, sempre com a melhor das intenções. Mas às vezes percebo que as pessoas não querem... e a culpa é minha claro, não tinha nada que avançar sem perguntar. Viver para aprender!
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