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Fenómenos Paranormais

Existem os fenómenos do Entroncamento e depois existem os fenómenos típicos do sexo masculino. Sejam ou não do Entroncamento, do norte ou do sul, deste pais ou de outro qualquer.

Desconfio que é uma questão transversal, porque se escreve nas diversas línguas do mundo sobre o tema. Assim sendo, arrisco-me a dizer que é um calamidade que afecta as mulheres de todas as nações e que se encontram mais ou menos na minha faixa etária, um pouco mais para baixo ou um pouco mais para cima.

É um comportamento típico do sexo masculino, mas não exclusivo, algumas mulheres também comentem a mesma falha. Desconfio que por imitação, para seguirem a mesma cartilha sob o lema: olho por olho, dente por dente. Como quem diz: se não gostam, não façam…mas vejam lá se gostam que vos façam o mesmo? (e riem no final)

“Eles oferecem sempre mais do que estão preparados para dar…”
Homens, expliquem-me porquê?

Estou numa fase, em que as explicações razoáveis para este tipo de comportamento, estão esgotadas! Há que apurar junto de quem sabe. E não vale responder: não sei! Sabem, têm de saber. Qualquer reacção ou comportamento tem uma explicação, mais ou menos lógica ou mais ou menos clara, mas tem sempre uma explicação, não vem do nada. Não somos animais irracionais. A não ser que tenham falta de inteligência associada a alguma cobardia, ai até se pode desculpar um bocadinho a incapacidade para uma explicação razoável ou perceptível. Se não querem dar, porque dizem que querem? Estão alguma vezes preparados para dar? Há uma noção de amor, relacionamento, compromisso, entrega que me deve estar a falhar no meio disto tudo.

A nossa (das mulheres), deve pertencer a um dicionário com outra definição ou a uma enciclopédia fora de prazo, completamente antagónica dos homens.  

Se as pessoas se encontram, simpatizam uma com a outra, começam a conhecer-se e a dar-se, devem fazê-lo como é normal: aos poucos, não começar logo a prometer mundos e fundos. Ou a dizer coisas que realmente não se sente ou que ainda não se sabe ao certo que caminho irá seguir. Infelizmente não é isso que acontece ou que tem acontecido muito pouco, começam logo a prometer este mundo e o outro, a dizer coisas maravilhosas como se fossem banalidades e afirmar com todas as juras e mais algumas uma sinceridade que não sentem. Como se o tempo para conhecer outra pessoa fosse uma coisa indispensável. Saltamos já essa etapa, porque és a mulher da minha vida. Hã?

Para quê prometer, se não têm intenção nenhuma de dar? É muito feio enganar. É muito feio mentir. É muito feio dizer-se palavras que não se sente ou expressar sentimentos que não se tem. Com o amor não se brinca, com os sentimentos das outras pessoas não se brinca. Podem brincar com os vossos à vontade, mas respeitem o outro lado. Sejam responsáveis pelas atitudes levianas e pela falta de consistência. E não me venham também com as tretas das feridas passadas e das mulheres más que apanham no caminho. Tenham paciência, todos nós temos mazelas na vida. Aprendemos com elas e seguimos em frente, não vamos usá-las como desculpa eternamente.

Antes de ser armarem em cavaleiros destemidos, tentem não repetir este tipo de comportamento vezes sem conta. A esta altura do campeonato já deviam ter aprendido alguma coisa. Não justifiquem o injustificável como um hábito.

Queremos todos o mesmo. Estamos todos aqui para o mesmo.
O amor é o tratamento e não a doença. Deixem lá o amor fazer o que lhe compete.
Todos merecemos esta cura.

(Imagem do documentário: Janis Joplin: Little Girl Blue, 2015 Filme biográfico/Música 1h 44m)

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