A sinceridade é uma das maiores provas de vulnerabilidade
que podemos ter. É uma entrega profunda de um sentimento, de um ponto se vista
ou de uma opinião. A sinceridade abre o coração.
Deixa-nos expostos, tentamos de uma forma mais clara e
precisa entregar ao outro um bocadinho que é só nosso. É dado de coração e com
verdade. No momento em que se assume: estou a ser sincero, comprometemo-nos a
dar ao outro a nossa verdade sobre determinado acontecimento. Seja a verdade, o
que for. É um acto de lealdade para com o outro. Eu estou a ser franco, a mostrar as coisas como são, a abrir
o meu coração para ti, eu entrego-te isto.
E é tão difícil ser-se sincero! A maior parte das vezes, fazemo-lo
porque fica bem, credibiliza aquilo que estamos a dizer, mas de sinceridade,
tem muito pouco. Queremos ficar sempre bem, no que dizemos e como dizemos. Ficar
bem com Deus e o Diabo, não é possível.
A forma sim, essa pode ser estudada, pensada para não magoar o outro. Pode-se dizer a verdade, sem se esventrar o outro com factos que não consegue contornar. É tão complicado relacionarmo-nos uns com os outros, muito poucas coisas acontecem com naturalidade porque não nos damos, porque construímos uma imagem que não podemos desalinhar, um papel que insistimos em manter, porque temos medo de tudo e de todos, acima de tudo temos medo de gostarmos e de tornarmos a nossa sinceridade vulnerável por nos tocar nos sítios mais escondidos do nosso espírito.
E se dermos conta que isso nos pode trazer um admirável
mundo novo?
Vamos a isso, sem medos!
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